segunda-feira, 9 de abril de 2018

Museu da Mina de Aljustrel


A Rota da Faixa Piritosa Ibérica é um percurso temático de turismo mineiro e geológico dedicado à Faixa Piritosa Ibérica, considerada uma das principais regiões mineiras da Europa, com mais de 90 jazigos de sulfuretos maciços conhecidos, distribuídos pelas regiões do Alentejo e da Andaluzia. 
A pirite é o mineral mais comum, ocorrendo em jazigos com mais de 200 milhões de toneladas de sulfuretos, como Río Tinto (em Espanha), Neves-Corvo e Aljustrel. As mineralizações de sulfuretos formaram-se no Devónico superior – Carbónico inferior (tempo geológico entre 362 e 346 milhões de anos) em ambiente vulcânico e sedimentar submarino. Inserida na Zona Sul-Portuguesa a Faixa Piritosa caracteriza-se por um vasto património geológico patente nas suas minas principais (em Portugal, Neves-Corvo, São Domingos, Aljustrel, Lousal e Caveira) e em estruturas geológicas como Pomarão, Ourique, Castro Verde, Cercal, Serra Branca e Albernôa. Percorrendo as minas da Faixa Piritosa, poderá encontrar-se um património mineiro muito rico e diversificado.
Aconselha-se a visita ao Museu de Aljustrel e ao Centro Ciência Viva do Lousal, bem como o percurso nas vilas e aldeias mineiras.
O Museu Municipal de Aljustrel possui 4 núcleos: um na freguesia de Ervidel, o Núcleo Rural e três em Aljustrel: o Moinho de Vento, a Central de Compressores de Algares e o Museu Arqueológico. Pretende mostrar a evolução da ocupação humana no concelho pondo a tónica na exploração mineira.A Central de Compressores da Mina de Algares situa-se num dos acessos ao Bairro de Val d'Oca (Aljustrel) e está disponível para visitas ao público.
A recuperação e musealização desta Central foi realizada pela Câmara Municipal de Aljustrel, com recursos a fundos europeus do programa Interreg e através de um protocolo de colaboração com a empresa Pirites Alentejanas, SA que cedeu as instalações e as máquinas, com vista à valorização do património histórico e cultural e ao desenvolvimento turístico. 
Neste edifício construído nos anos 50, foram instalados três grupos de compressores provenientes da Central Eléctrica, tendo esta central de ar comprimido entrado em funcionamento em 1952. No início da década de 90, esta foi desactivada, ficando apenas em serviço a Central de Compressores do edifício da Mina do Moinho.
Transformada em núcleo museológico, a Central de Compressores serve agora de testemunho de um tipo de actividade em que eram utilizados equipamentos accionados a ar comprimido, hoje substituídos por equipamentos electro-hidraúlicos, daí o importante valor de memória patrimonial que encerram.

Conjuntamente ao processo de musealização foram efectuadas algumas beneficiações no Malacate do Poço Viana, que será um dos locais a descobrir ao longo do percurso mineiro também criado. Malacate é uma palavra de origem espanhola, utilizada apenas nas minas da Faixa Piritosa Ibérica e que designa o elevador existente no poço de mina.


Ler mais:
http://www.jf-aljustrel.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=105&Itemid=88

http://www.lneg.pt/download/9167/Brochura%20ALJUSTREL%20%28PT%29.pdf
http://www.mun-aljustrel.pt/menu/619/malacate-poco-de-viana.aspx

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