A Rota da Faixa Piritosa Ibérica é um percurso temático de turismo mineiro e geológico dedicado à Faixa Piritosa Ibérica, considerada uma das principais regiões mineiras da Europa, com mais de 90 jazigos de sulfuretos maciços conhecidos, distribuídos pelas regiões do Alentejo e da Andaluzia.
A pirite é o mineral mais comum, ocorrendo em jazigos com mais de 200 milhões de toneladas de sulfuretos, como Río Tinto (em Espanha), Neves-Corvo e Aljustrel. As mineralizações de sulfuretos formaram-se no Devónico superior – Carbónico inferior (tempo geológico entre 362 e 346 milhões de anos) em ambiente vulcânico e sedimentar submarino. Inserida na Zona Sul-Portuguesa a Faixa Piritosa caracteriza-se por um vasto património geológico patente nas suas minas principais (em Portugal, Neves-Corvo, São Domingos, Aljustrel, Lousal e Caveira) e em estruturas geológicas como Pomarão, Ourique, Castro Verde, Cercal, Serra Branca e Albernôa. Percorrendo as minas da Faixa Piritosa, poderá encontrar-se um património mineiro muito rico e diversificado.

O Museu Municipal de Aljustrel possui 4 núcleos: um na freguesia de Ervidel, o Núcleo Rural e três em Aljustrel: o Moinho de Vento, a Central de Compressores de Algares e o Museu Arqueológico. Pretende mostrar a evolução da ocupação humana no concelho pondo a tónica na exploração mineira.A Central de Compressores da Mina de Algares situa-se num dos acessos ao Bairro de Val d'Oca (Aljustrel) e está disponível para visitas ao público.
A recuperação e musealização desta Central foi realizada pela Câmara Municipal de Aljustrel, com recursos a fundos europeus do programa Interreg e através de um protocolo de colaboração com a empresa Pirites Alentejanas, SA que cedeu as instalações e as máquinas, com vista à valorização do património histórico e cultural e ao desenvolvimento turístico.

Transformada em núcleo museológico, a Central de Compressores serve agora de testemunho de um tipo de actividade em que eram utilizados equipamentos accionados a ar comprimido, hoje substituídos por equipamentos electro-hidraúlicos, daí o importante valor de memória patrimonial que encerram.
Conjuntamente ao processo de musealização foram efectuadas algumas beneficiações no Malacate do Poço Viana, que será um dos locais a descobrir ao longo do percurso mineiro também criado. Malacate é uma palavra de origem espanhola, utilizada apenas nas minas da Faixa Piritosa Ibérica e que designa o elevador existente no poço de mina.
http://www.jf-aljustrel.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=105&Itemid=88
http://www.lneg.pt/download/9167/Brochura%20ALJUSTREL%20%28PT%29.pdf
http://www.mun-aljustrel.pt/menu/619/malacate-poco-de-viana.aspx
Sem comentários:
Enviar um comentário