sábado, 28 de abril de 2018

Real Fábrica de Vidros de Coina


Foi a abundância de lenha da Mata da Machada e a invulgar pureza das areias que determinaram a instalação em Coina da Real Fábrica de Vidros Cristalinos.
Inicialmente pensada para ser construída no Forte da Junqueira, conforme determinação real de 11 de Abril de 1714, por contrato estabelecido com um tal João Palada, que não terá desempenhado com eficácia a sua parte do contrato, foi decidido provavelmente pelas razões logísticas acima referidas, retomar esse projecto em Coina, sob a direcção de João Butler a quem se deu a laboração por tempo de doze anos, ao mesmo tempo ordenando Sua Majestade a proibição de se introduzirem vidros estrangeiros, como fazenda de contrabando.
Esta manufactura vidreira, ficou instalada no espaço do antigo largo do mercado do gado. Actualmente, só existem no local alguns vestígios desta importante manufactura
Entre 1983 e 1990 realizaram-se no locala várias campanhas arqueológicas, dirigidas cientificamente por Jorge Custódio e apoiadas técnica e financeiramente pela Associação Portuguesa de Arqueologia e pela Câmara Municipal do Barreiro, que permitiram identificar a real manufactura joanina de vidros, cuja laboração se situa entre 1719 e 1749.
Em 1748 a manufactura de vidro viria a ser transferida para a Marinha Grande.
A importância histórica e arqueológica do achado levou a Câmara a solicitar a sua classificação como Imóvel de Interesse Público ao Instituto Português do Património Arqueológico, facto que ocorreu em 31 de Dezembro de 1997.





Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/en/patrimonio/itinerarios/industrial/05/
https://reservasmuseologicascmb.wordpress.com/02/real-fabrica-de-espelhos-e-vidros-cristalinos-de-coina/
http://domjoaoquinto.blogspot.pt/2007/07/fundao-da-fbrica-vidros-em-coina-1722.html

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