O Castelo de Marvão foi uma fortificação estratégica de detenção, orientada para a fronteira, de que dista uns escassos 13 Km. Constituiu também um eficaz lugar de refúgio e um extraordinário ponto de observação e vigilância, já que dominava claramente a segunda via mais importante de penetração dos exércitos do país vizinho, a partir de Valência de Alcântara, numa vasta zona do Alto Alentejo que vai de Badajoz ao rio Tejo. A sua inserção estratégica é clara: faz parte da primeira linha de detenção, pós Tratado de Alcanizes, que vai, no actual Distrito de Portalegre, de Montalvão a Elvas.
Foi a partir da posse da vila por D. Dinis, ocorrida em 1299, que se pensa que se iniciou a construção do actual castelo. O facto de encontramos aqui algumas características plenamente góticas parece vir em favor desta hipótese. Do recinto fazem parte dois níveis claramente diferenciados. O primeiro, mais pequeno e no extremo oposto ao da povoação, corresponde ao castelo propriamente dito, com uma entrada em cotovelo protegida directamente pela poderosa e quadrangular torre de menagem, que assim se associa à defesa activa do reduto, apesar da sua escassa altura, (dispondo apenas de dois pisos). Neste nível superior, existe ainda a porta da traição, também protegida por pequeno torreão, e uma cisterna, que se admite poder ser ainda islâmica. O recinto inferior é bem mais vasto e possui um amplo espaço para aquartelamento e movimentação de tropas. Aqui, o elemento mais significativo é o complexo sistema de entrada, com tripla porta protegida por outros tantos adarves e por várias torres.
O sistema medieval da fortaleza manteve-se genericamente até ao século XVII, altura em que Marvão viu reforçada a sua importância no quadro das Guerras da Restauração. Sob o impulso do abade D. João Dama, reformulou-se parcialmente o dispositivo, com baluartes estrelados a proteger as principais portas e o extremo da fortaleza. Nessa altura, porém, Marvão possuía apenas 400 habitantes e a relevância da vila não se podia já comparar a Castelo de Vide, onde se concentraram os principais esforços de defesa contra Espanha.
No século XIX, após o início da Guerra Peninsular, o Castelo de Marvão foi ocupado por tropas francesas, sendo libertado posteriormente, em 1808.
Anos mais tarde, aquando das Guerras Liberais, naquela que ficou conhecida como Guerra da Patuleia, o Castelo de Marvão foi ocupado pelas forças liberais, a 12 de Dezembro de 1833, vindo a sofrer o assédio das tropas miguelistas apenas um ano depois.
Actualmente, o Castelo de Marvão encontra-se classificado como Monumento Nacional, tendo o Decreto sido publicado em 4 de Julho de 1922.
Ler mais:
http://www.cm-marvao.pt/pt/museus/castelo
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70363/
http://www.historiadeportugal.info/castelo-de-marvao/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Marvão
http://www.visitevora.net/marvao-castelo/
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