quarta-feira, 23 de maio de 2018

Mata Nacional dos Sete Montes

Situada no centro de Tomar, junto a uma das suas principais avenidas, a Mata Nacional dos Sete Montes com cerca de 39 hectares é o principal parque da cidade. 
Durante o reinado de D. João III, Frei António de Lisboa ficou encarregue de dirigir a reforma religiosa que o rei pretendia encetar no cenóbio tomarense. Uma das medidas práticas do reformador foi comprar todas as propriedades que envolviam o Convento de Cristo, nomeadamente olivais, matas, vales e terras agrícolas que constituíam o chamado Cerco da Riba Fria. 
Desta forma, o Convento de Cristo passou a dispor de um espaço verde fechado de grandes dimensões, que permitia a clausura e fixação dos monges no local, através de um lugar que permitia o recolhimento e a oração em comunhão com a natureza, bem como a exploração agrícola do espaço por parte da comunidade conventual. A partir de então, este espaço fico conhecido como "Olivais dos Sete Montes".
Depois da extinção das Ordens Religiosas, as propriedades da Ordem de Cristo foram vendidas em hasta pública, constando entre elas a Cerca do Convento de Cristo, adquirida em 1838 por António Costa Cabral. No ano de 1936 o 3º Conde de Tomar, seu neto, colocou o convento e a cerca à venda, tendo estes sido adquiridos pelo Estado. 
Em 1938 o espaço da cerca foi transformado em parque florestal, e em 1986 foi integrado no Serviço Nacional de Parques, Reservas e Conservação da Natureza, passando a partir de então a ser designado como "Mata dos Sete Montes".
No espaço da Cerca do Convento de Cristo destaca-se o facto de a planimetria e estrutura quinhentista original se manter intacta, pelo que é possível reconstituir o carácter intimista e de recolhimento do local. Persistem também alguns elementos arquitectónicos dos séculos XVI e XVII que orientavam a disposição original da rede de rega.
No meio da vegetação frondosa de que fazem parte ciprestes, olaias, carvalhos e oliveiras seculares, destaca-se um templo miniatural, uma torre cilíndrica que pelo seu formato é conhecida como a "Charolinha". Este templete em pedraria lavrada parece uma réplica das torres-lanterna do Convento de Cristo e foi construído segundo o plano de João de Castilho, arquiteto encarregue das obras renascentistas no convento. Rodeada por um tanque circular, a Charolinha é uma "Casa de fresco" que parece isolada do mundo, um retiro secreto e oculto a que se acede transpondo uma ponte de pedra.
                                       Fonte principal: DGPC
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72741
https://www.visitportugal.com/pt-pt/NR/exeres/E770E38B-1249-47FD-A093-542D13E3B1D2
http://www.centerofportugal.com/pt/mata-dos-sete-montes/
https://radiohertz.pt/tomar-mata-nacional-dos-sete-montes-entre-os-dez-jardins-mais-belos-de-portugal/

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