O Palácio dos Condes de Basto, residência senhorial de grande importância em Portugal, é o mais antigo dos paços de Évora. O edifício ainda se encontra parcialmente integrado na cerca romana e medieval, ou seja, nas muralhas de Évora. É Monumento Nacional desde 1922 e continua a ser a utilizado como residência da Senhora D. Maria Teresa Eugénio d’Almeida.
A entrada fica logo atrás da Catedral de Évora, praticamente pegada com as traseiras da Biblioteca de Évora. O portão leva-nos até o bonito Pátio de São Miguel.
Embora a origem do Paço de São Miguel remonte à Idade Média, da edificação desse período poucos vestígios se conservam em resultado da destruição de que o espaço foi alvo na sequência dos confrontos ocorridos durante a crise de sucessão ao trono de 1383-85 entre os partidários de D. Leonor Teles e os de D. João, Mestre de Avis, futuro rei de Portugal.
Os Condes de Basto, pertencentes à família dos Castro das Treze Arruelas, cujas armas se encontram nos frontões de ambos os portais à entrada do Páteo de São Miguel, foram designados no século XV pelo Rei D. Afonso V Capitães-mor da cidade, estabelecendo a sede da capitania e a sua residência no Paço de São Miguel que lhes foi doado como reconhecimento dos serviços prestados à coroa nas campanhas do norte de África e na Batalha de Toro.
A reedificação do Paço de São Miguel e as obras de ampliação e reestruturação de que foi objecto durante este período visaram conferir ao edifício a imponência e beleza arquitectónica que reflectisse a crescente riqueza patrimonial e o prestígio político e social alcançado pelos Castro.
O Palácio dos Condes de Basto é composto por vários blocos de carácter monumental, grandes e pequenos, com diversos pátios e dependências menores. Destes, salientam-se a entrada, o jardim, a casa do administrador, os escritórios e os espectaculares pórticos alpendrados. O corpo principal do edifício tem uma fascinante loggia renascentista sobre uma arcada gótica.
Existem em todo o exterior do edifício vários vestígios góticos. No entanto, são as cantarias quinhentistas que sobressaem, bem como as janelas geminadas de arco de ferradura em tijolo (estilo mudéjar), as galerias e colunatas renascentistas, a fonte e casa de fresco do jardim e os torreões cilíndricos. Percebe-se claramente a influência italiana.
O interior do Palácio dos Condes de Basto não fica atrás em termos de valor e interesse cultural e arquitetónico. As suas salas estão decoradas de forma luxuosa, sendo que três delas, no piso térreo, se encontram cobertas por abóbadas pintadas a fresco pelo mestre Francisco de Campos.
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http://www.fea.pt/3126-paco-de-sao-miguel
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