O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) foi criado através do decreto-lei nº 118/79 com o intuito de "definir uma área onde se procedesse à protecção dos aspectos naturais existentes, à defesa do património arquitectónico e cultural, ao desenvolvimento das actividades artesanais e à renovação da economia local, bem como à promoção do repouso e do recreio ao ar livre".
De entre os objectivos que presidiram à criação desta área protegida, salienta-se a protecção dos aspectos naturais, salvaguardando os aspectos geológicos com interesse científico ou paisagístico, bem como a flora, principalmente a vegetação clímax e a fauna que caracteriza a região.
O PNSAC está localizado numa zona de transição entre a Estremadura e o Ribatejo, constituindo uma barreira natural elevada, que separa os relevos baixos da orla litoral, das férteis planícies da bacia sedimentar do Tejo. Repartido pelos distritos de Leiria e Santarém, abrange uma área de 35000 ha, pertencentes a 6 concelhos: Alcanena, Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior, Santarém e Torres Novas.
O território abrangido pelo PNSAC estende-se por uma área quase integralmente constituída, do ponto de vista geológico, por afloramentos calcários de idade mesozóica. Este território faz parte de uma vasta unidade geomorfológica - o Maciço Calcário Estremenho
A importância desta área protegida reparte-se por valores de ordem ecológica, geológica, turística, científica, cultural e económica, sempre em redor da sua matriz calcária que conduz a especificidades em todos estes domínios.
Domínio dos calcários, que lhe conferem uma unidade profunda, o sector do Maciço Calcário Estremenho alberga distintas unidades geomorfológicas que, pelas suas características, representam um importante factor de diversidade. A ocidente estende-se a comprida serra dos Candeeiros, a leste avista-se a serra de Aire, enquanto a zona de Porto de Mós corresponde ao ponto de confluência dos vales da Mendiga e de Alvados / Mira de Aire-Minde. Entre estas duas importantes depressões situa-se o planalto de Santo António.
A secura, acentuada pela ausência de cursos de água superficiais, marca uma paisagem a que falhas, escarpas e afloramentos rochosos conferem um traço vigoroso.
A água corre através de uma intrincada rede subterrânea. A erosão cársica originou formações características - poljes, campos de lapiás, lapas e algares, uvalas e dolinas numa rara profusão de formas. As cavidades são férteis em temas espeleológicos.
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http://www2.icnf.pt/portal/ap/p-nat/pnsac
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