À época da Reconquista cristã da península Ibérica, algumas evidências não comprovadas apontam uma suposta conquista de Vide por D. Afonso Henriques em 1148, bem como a outorga de foral em 1180.
Feitas e desfeitas as fortificações medievais ao longo do séc. XIII, levanta-se definitivamente o castelo, por iniciativa de D. Dinis, concluindo-se já no reinado de seu filho, Afonso IV, em 1327. Foi assim que Vide passou a Castelo de Vide.
Ao contrário dos programados e racionais castelos góticos, este subordina-se, ainda, às condicionantes do terreno, mas possui algumas características típicas da arquitectura militar da Baixa Idade Média, como a torre de menagem adossada à porta principal, ou a existência de uma barbacã a anteceder a fortaleza. O reduto defensivo compõe-se de duas partes essenciais: um pequeno espaço quadrangular, definido por muralhas e torreões, é o pátio de armas, em torno do qual se dispõem as estruturas de armazém e de apoio à defesa; o restante espaço amuralhado corresponde à vila velha, dotada de uma Rua Direita e onde existiam as casas da Câmara e da Cadeia, bem como as habitações do alcaide e da classe dominante local.
A terceira grande fase de obras aconteceu no século XVII, durante as Guerras da Restauração. Em 1641, imediatamente após a proclamação da Independência, iniciaram-se os trabalhos, que foram apressados e ampliados a partir de 1642, sob projecto de Nicolau de Langres. Em 1660, no auge deste processo de fortificação, a praça albergava uma guarnição de 600 homens e três companhias de cavalaria, o que revela a sua importância. Ela integrava dois fortes, o do castelo (a poente) e o de São Roque (a nascente), de planta estrelada e com amplos baluartes e desníveis de terrenos, interligados por uma extensa linha de muralhas que circundava a vila, já extraordinariamente expandida desde o primitivo núcleo medieval.
Desactivada de 1823, a fortaleza permanece como uma importante silhueta militar na raia, evocadora do passado guerreiro e da importância que teve nos muitos recontros entre portugueses e espanhóis ao longo da História.
Os materias básicos visíveis, empregues em todas as fortificações, são a pedra (quartzito e granito), o tijolo, a argamassa de cal e a terra.
A Torre de Menagem apresentou-se esventrada durante muitos anos em resultado da explosão que a mutilou no ano de 1705, quando os espanhóis a ocuparam. Mais tarde com o terramoto de 1755 voltou a sofrer danos.
Após várias intervenções, as obras de reconstrução da torre, foram dadas como concluídas em 1978.
Está protegido como Monumento Nacional desde 23 de Junho de 1910.
Do alto da torre e das muralhas obtém-se uma magnífica panorâmica sobre a vila de Castelo de Vide e os seus arredores.
Fonte principal: DGPC
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70446
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4572
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Castelo_de_Vide
http://www.castelodevide.pt/turismo/pt/ver-e-fazer/patrimonio/castelo
Sem comentários:
Enviar um comentário