O Aqueduto da cidade alentejana de Serpa é uma obra invulgar no nosso País, dado a sua insólita configuração, e por se tratar de um empreendimento particular. Com efeito, este Aqueduto foi concebido para abastecer, não uma população ou uma comunidade conventual, mas somente para prover às necessidades de consumo privado de uma casa senhorial de Serpa - o Solar dos Condes de Ficalho, residência nobre, que se integra num dos panos de muralha do castelo local.
A estrutura assenta em 19 arcos de volta perfeita, sobre parte da muralha da vila e o canal do aqueduto, percorrendo uma extensão que vai da nora ao palácio.
O aqueduto foi erguido nos finais do século XVII, sob o patrocínio de D. Francisco de Melo, eminente figura da nobreza local, que se tornou conhecido pela sua participação nas guerras da Restauração.
Esta estrutura particular de abastecimento de água nasce nos arredores da cidade, aproveitando uma nascente de água que brota numa serra próxima. Já no final do seu percurso, os elevados pilares do aqueduto, que sustentam as arcadas de volta perfeita, assentam directamente na muralha do Castelo de Serpa, formando uma insólita e contrastante estrutura arquitectónica. Neste invulgar conjunto é de destacar ainda a imensa nora mourisca, que se agrega à muralha, servindo, igualmente, de contraforte ao próprio aqueduto.
Fonte: http://portal.estt.ipt.pt/engcivil/estt3701/Geometria%20pdf/Aquedutos%20de%20Portugal%20Pdf/Aqueduto%20de%20Serpa%20(Beja).pdf
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