quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António

A Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António (RNSCMVRSA) localiza-se no sudeste algarvio, perto da foz do rio Guadiana, abrangendo um território integrado nos dois concelhos que lhe dão o nome: Castro Marim e Vila Real de Santo António. O sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António foi a primeira Reserva Natural criada no continente português, no ano de 1975.
O interesse biológico da zona nos seus múltiplos aspectos ecológico, botânico, ornitológico e ictiológico, o valor arqueológico do aglomerado de Castro Marim, assim como a alta sensibilidade da área e a sua capacidade influenciadora de factores económicos regionais, designadamente da pesca, da salinicultura e do turismo, foram as razões invocadas no diploma que cria a Reserva.
A Reserva Natural confunde-se com o sapal que se estende ao longo do Guadiana, entre Castro Marim e Vila Real de Santo António, área plana de cotas baixas, sulcada por uma rede de esteiros que asseguram a drenagem e se abrem à água salgada. O verde monótono dominante alinda-se na primavera com o vermelho com que o Mesembryanthemum nodiflorum cobre os taludes das salinas. As zonas mais elevadas possuem manchas de maquis mediterrânico.
Os esteiros são local privilegiado para a reprodução de peixes e crustáceos. Castro Marim serve de habitat ou simples refúgio a numerosa população de aves aquáticas, nomeadamente o pernilongo e o alfaiate. A cegonha-branca sobressai pelo número de ninhos ocupados. Presentes também aves estivais, caso do flamingo e da andorinha-do-mar-anã, e invernantes, como o maçarico-de-bico-direito e o pilrito-comum.
Nas dunas litorais próximas regista-se a ocorrência do camaleão Chamaeleo chamaeleon, observável em certos troços da faixa litoral algarvia e até nas ilhas-barreira da Ria Formosa.
A paisagem da Reserva é uma das mais bem preservadas paisagens algarvias, não tendo sofrido as profundas alterações que se fizeram sentir um pouco por toda a costa da região. Por se tratar de uma zona húmida com uma extensão considerável, o valor paisagístico que apresenta é muitíssimo elevado, e talvez uma das maiores riquezas da Reserva. Os extensos sapais, as salinas, os alfarrobais e o próprio Guadiana convidam ao passeio e ao descanso, oferecendo por isso condições excelentes para o desenvolvimento do turismo ambiental.

Fonte: ICNF
Ler mais:
http://www2.icnf.pt/portal/ap/r-nat/rnscmvrsa

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