A escassos 100 metros da Torre dos Clérigos, fica um raro conjunto monumental, classificado como monumento nacional desde 2013. Falamos das igrejas gémeas dos Carmelitas e do Carmo.
“A implantação geminada de duas igrejas constitui uma raridade no panorama urbano nacional, constituindo uma cenografia de grande impacto visual na zona nobre do Porto setecentista, marcado pelo espírito do urbanismo iluminista” – refere o decreto de 2013 que institui a classificação de monumento nacional ao conjunto. Na verdade, esta disposição lado a lado permite observar dois edifícios de grande qualidade, ilustrativos da evolução histórica da arte em Portugal.
No Porto, a ordem dos Carmelitas descalços surgiu em 1617. Dois anos depois, receberam um terreno no Campo do Olival para erguer o edifício do Convento de Nossa Senhora do Carmo. Com a primeira pedra lançada a 5 de maio de 1619, a obra ficou concluída em 1622, beneficiando de donativos de aristocratas, mercadores e da própria Câmara do Porto. O edifício do antigo convento é hoje ocupado pelo Comando Territorial do Porto da Guarda Nacional Republicana.
A igreja, erguida do lado nascente do convento, representa um bom exemplo de fachada maneirista erudita. Apresenta planta em cruz latina abobadada com uma nave única precedida por nártex. A frontaria clássica, ritmada pelos três arcos da entrada, encimados por nichos que albergam imagens de São José, de Santa Teresa e de Nossa Senhora do Carmo. A fachada é rematada por um frontão triangular que ostenta o brasão da ordem religiosa sob a coroa real.
O seu interior contém um valioso património retabular barroco e rococó, em notável estado de conservação e integridade. Inclui um órgão de tubos e um retábulo-mor de José Teixeira Guimarães, grande mestre entalhador da segunda metade do século XVIII.
Ler mais:
http://portoby.livrarialello.pt/igrejas-do-carmo-dos-carmelitas/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_dos_Carmelitas
https://www.portopatrimoniomundial.com/-igreja-dos-carmelitas.html
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