domingo, 14 de outubro de 2018

Igreja matriz de Soalhães


Fundado em 875, o Mosteiro de Soalhães foi doado ao bispo do Porto por D. Sancho II, em 1267, tendo passado, provavelmente pouco depois desta data, a igreja paroquial. A igreja passou então à condição secular, completando, assim, o processo de formação da paróquia.
Apesar do peso histórico que adquiriu na Idade Média, a actual estrutura da Igreja de Soalhães denota poucos vestígios desses tempos, tendo sido bastante alterada em épocas posteriores. Estas alterações geraram uma certa polémica nas instituições competentes aquando da sua classificação: apesar da sua raiz medieval, os testemunhos dessa época eram parcos para se avançar com a sua valorização. Inicialmente a classificação como Monumento Nacional só abrangeu os elementos românicos da Igreja. Mas esta situação foi posteriormente solucionada em 1980, quando se considerou a necessidade de se classificar a Igreja no seu todo e não partes concretas.
Dessa época persistem, apenas, o portal principal e a arca tumular na capela-mor. Contudo, o próprio portal é um elemento do românico tardio, uma solução protogótica possivelmente do século XIV. 
A ausência de tímpano, associada às arquivoltas de perfil quebrado e os capitéis com uma decoração animalista e vegetalista, mostrando um evidente naturalismo e uma certa elegância desenhada pelo seu cesto, comprovam o seu carácter protogótico.
Exceptuando-se estes elementos românicos, o que se sobressai no restante espaço são as alterações aplicadas durante a Época Moderna: as amplas dimensões da nave, a profundidade da capela-mor e os janelões retangulares são o resultado das transformações ocorridas após o Concílio de Trento com intuito de actualizar o interior da Igreja à liturgia e estética imanada desse importante concílio católico.
Também da mesma época são a torre adossada à fachada principal, com seu remate bolbiforme, o óculo com formas curvilíneas que encima o portal principal e os amplos janelões que na fachada principal (e nas laterais) iluminam a jorros o interior da igreja.
Construído em granito, o templo, de nave única e tecto coberto por 91 caixotões pintados de madeira (à semelhança do que sucede na capela-mor), apresenta as paredes interiores revestidas, até meio da altura, a azulejo de padrão azul e branco, resultante da intervenção realizada já no século XVIII, prolongados por duas séries de baixos relevos de madeira, pintados e dourados, com imagens da Paixão de Cristo, da Via Sacra e da vida do orago, São Martinho.

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http://www.rotadoromanico.com/vPT/Monumentos/Monumentos/Paginas/IgrejadeSaoMartinhodeSoalhaes.aspx?galeria=Fotografias&regiao=Marco%20de%20Canaveses&monumento=Igreja%20de%20S%C3%A3o%20Martinho%20de%20Soalhães&categoria=&TabNumber=0&valor=/vPT/Monumentos/Monumentos/Paginas/IgrejadeSaoMartinhodeSoalhaes.aspx&guid={E7968B57-FB75-47AC-96F9-F2813F09CDE0}
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69802

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