sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Museu do Vinho e da Vinha

O Museu do Vinho e da Vinha de Bucelas é um dos núcleos museográficos que integram o Museu Municipal de Loures e encontra-se instalado num edifício do final do Sec. XIX que foi a residência de um dos maiores produtores de vinho de Bucelas, a família Camillo Alves, à qual estava associada uma adega e o respectivo armazém de vinhos, espaços que foram recuperados e adaptados à nova função museológica juntamente com o jardim adjacente, que foi também renovado, depois de ter sido construído, no seu subsolo, um estacionamento de apoio ao museu.
O museu apresenta dois espaços expositivos distintos: uma área de exposição permanente, onde o visitante fica a conhecer as principais fases de trabalho da vinha e os meios tradicionais de produção do vinhoe um mezanino reservado para exposições temporárias, cujo teor se desenvolve sempre em torno da temática do vinho.
Possui ainda uma loja, oficinas e um centro de documentação especialmente vocacionado para a temática vinícola, um centro de interpretação ligado à história das Guerras Peninsulares, bem como acesso para pessoas com mobilidade reduzida.


Ler mais:
https://www.clubevinhosportugueses.pt/vinhos/regioes/estremadura/museu-do-vinho-e-da-vinha-de-bucelas/
http://www.iajc.pt/museu-do-vinho-de-bucelas/
https://www.rhlt.pt/pt/portfolio/museu-do-vinho-e-da-vinha-o-no-das-linhas/

Santuário do Senhor Jesus da Piedade





























No contexto da arquitectura portuguesa de Setecentos, marcada por um forte ecletismo resultante de diferentes confluências de inspiração nacional e internacional, a igreja do Senhor Jesus da Piedade, em Elvas, constitui um dos mais significativos exemplos das experiências barrocas do reinado de D. João V. Edificada em 1753, a igreja veio substituir uma pequena capela, que havia sido construída poucos anos antes, em 1737. É possível que a exiguidade do primeiro espaço tivesse levado à sua ampliação, pois a romaria a este templo (de 20 a 23 de Setembro) era considerada uma das mais concorridas da região. O adro que lhe fica fronteiro, com a sua escadaria, corrobora esta ideia, uma vez que estes terreiros, de alguma amplitude, tinham como principal função receber os crentes, substituindo assim os longos escadórios dos santuários do Norte do país. Nos muros, o revestimento azulejar polícromo data já da segunda metade do final do século XVIII.

A igreja desenvolve-se em planta longitudinal, de nave única. A fachada é marcada por torres, coroadas por cúpulas bolbosas, implantadas obliquamente em relação ao alçado, formando um losango, o que constitui uma solução quase única no nosso país. Estas, formando com o corpo central uma espécie de contracurva ou harmónio, têm o poder de conferir à fachada uma forte unidade.
No contexto da arquitectura portuguesa de Setecentos, marcada por um forte ecletismo resultante de diferentes confluências de inspiração nacional e internacional, a igreja do Senhor Jesus da Piedade, em Elvas, constitui um dos mais significativos exemplos das experiências barrocas do reinado de D. João V. Edificada em 1753, a igreja veio substituir uma pequena capela, que havia sido construída poucos anos antes, em 1737. É possível que a exiguidade do primeiro espaço tivesse levado à sua ampliação, pois a romaria a este templo (de 20 a 23 de Setembro) era considerada uma das mais concorridas da região. O adro que lhe fica fronteiro, com a sua escadaria, corrobora esta ideia, uma vez que estes terreiros, de alguma amplitude, tinham como principal função receber os crentes, substituindo assim os longos escadórios dos santuários do Norte do país. Nos muros, o revestimento azulejar polícromo data já da segunda metade do final do século XVIII.
A igreja desenvolve-se em planta longitudinal, de nave única. A fachada é marcada por torres, coroadas por cúpulas bolbosas, implantadas obliquamente em relação ao alçado, formando um losango, o que constitui uma solução quase única no nosso país. Estas, formando com o corpo central uma espécie de contracurva ou harmónio, têm o poder de conferir à fachada uma forte unidade. 

No interior, a nave é revestida por mármores de diferentes tonalidades. Dois púlpitos também de mármore, exibem motivos dourados, e o coro assenta em arco abatido. A ligação entre o corpo da nave a capela-mor é feita através de um corpo com os cantos cortados, que forma um octógono, numa solução também original. 

Numa pequena capela pertencente ao Santuário, impressiona o número de ex-votos expostos nas paredes e no tecto. Muitos são acompanhados de legendas, onde os crentes descrevem as dádivas que receberam do Senhor Jesus da Piedade.


A área classificada como Monumento de Interesse Público, da Igreja do Senhor Jesus da Piedade, em Elvas, foi ampliada, de acordo com a portaria 506/2020. O texto refere que a ampliação “tem em conta a particular relação entre a igreja e a sua envolvente próxima que configura e identifica o Santuário do Senhor Jesus da Piedade” e “justifica-se pela importância de conservar a integridade simbólica deste conjunto de interesse cultural relevante que, para além do seu valor histórico, arquitetónico e artístico, se apresenta como raro e exemplar testemunho das vivências religiosas desta importante cidade alentejana”.


Fontes:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72297/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1863
https://sol.sapo.pt/artigo/657323/os-ex-votos-de-elvas-preces-que-sao-historia
https://radioelvas.com/2020/08/15/senhor-jesus-da-piedade-com-ampliacao-da-classificacao-de-interesse-publico/

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Quinta da Aveleda

Entre altos muros de granito, nos arrabaldes de Penafiel, encontra-se uma das mais belas quintas do país, prestes a completar 150 anos na produção de vinho.
A Quinta da Aveleda é um lugar de encantos, a começar desde logo pelos seus magníficos jardins ao estilo vitoriano, que vale percorrer a passo lento. Ali, convivem árvores centenárias e espécies exóticas, um vale de fetos, uma alameda com mais de 90 espécies de camélias e construções que parecem saídas de um filme de fantasia. É exemplo a Torre das Cabras, onde se encontram as ditas, a pitoresca casa de chá rodeada pelo lago, e a janela manuelina do séc. XVI, que Manuel Pedro Guedes da Silva da Fonseca – primeira geração da família ao comando da Aveleda – terá colocado no jardim, rodeado hoje por mais de 100 hectares de vinhas, não fosse afinal uma quinta vinhateira. 
 Uma visita à propriedade não fica completa sem uma passagem pela Adega Velha, imponente, onde envelhece a aguardente da casa, à qual dá o nome. A partir de 2020, vai estar disponível um novo programa de visita desenhado em especial para os apreciadores do destilado, que permite ver o alambique a trabalhar – só funciona de novembro a março -, provar a aguardente diretamente da barrica, e seguir para uma prova comentada por um enólogo.

Ler mais:
https://www.aveleda.com/pt/enoturismo/espacos
https://www.evasoes.pt/o-que-fazer/quinta-da-aveleda-uma-adega-velha-num-jardim-magico/830899/
Fotos: Pedro Granadeiro e Artur Machado, GI, "Evasões"

Percurso pedestre "Levada de Piscaredo"

 


O PR2 "Levada de Piscaredo" é um percurso linear que se inicia junto à confluência do rio Cabrão com o rio Cabril, no lugar das Mestras, na freguesia de Vilar de Ferreiros. 
Nas Mestras, há um açude onde se inicia a levada de Piscaredo, um antigo moinho e mais duas ou três casas. Para se atingir facilmente o açude atravessa-se o rio Cabril nas poldras - forma de atravessamento deixada pelos romanos - sendo estas constituídas por vinte blocos tendo um deles inscrita a data de 1890. Atravessado o rio, depara-se o caminhante, de imediato, com uma levada que corre para montante do rio Cabril, até ao açude onde se inicia a levada de Piscaredo. Trata-se de um “transvase”, que traz a água do rio Cabrão a partir de um outro açude situado a 340 metros a montante. É uma levada muito bem construída, em placas de granito ligadas por argamassa. Tem 45 cm de largura e 30 de profundidade. Um pequeno passeio ao longo desta, até ao açude, é fácil e vale a pena. Visitados os dois açudes – o das Mestras e o do rio Cabrão – inicia-se a marcha de regresso a Mondim de Basto, ao longo de Levada de Piscaredo. Esta é uma levada maior que a anterior – inicialmente com 70 cm de largura e 40 de profundidade, chega a ter um metro de largo – muito bem construída pela curva de nível; atravessa uma trincheira, algumas ribeiras e um pequeno túnel antes de entregar as águas do Cabril e do Cabrão aos moinhos de Piscaredo, agora em ruínas, onde termina.

Ler mais:
http://www.walkingportugal.com/z_distritos_portugal/Vila_Real/Mondim_de_Basto/MDB_PR2_Levada_de_Piscaredo.html
https://municipio.mondimdebasto.pt/images/stories/02_turismo/percursos/PR2-LEVADA-PISCAREDO-PT.pdf







sábado, 26 de setembro de 2020

Igreja de Santa Maria de Meinedo

 

Consagrada em 1262, a Igreja Matriz de Meinedo é dedicada a Santa Maria desde a sua fundação, integrando atualmente a Rota do Românico do Vale do Sousa. Segundo a tradição, este edifício românico substituiu outro templo, fundado antes da ocupação árabe da península, onde teriam sido depositadas as relíquias de Santo Tirso. Apresenta planta retangular composta por nave, capela-mor, capela lateral e sacristia seiscentistas adossadas à fachada lateral esquerda e torre sineira, também seiscentista, no lado direito. Possui coberturas diferenciadas em falsas abóbadas de berço, a da nave recente e rebocada e pintada e a da capela-mor barroca, em caixotões pintados, escassamente iluminada por festas e janelas.  
Do lado direito foi edificada, no século XVIII, a torre sineira, rematada com coruchéu. 
A escultura de Nossa Senhora de Meinedo ou de Nossa Senhora das Neves, em calcário policromado, trata-se de uma obra de estilo gótico.
A Igreja de Santa Maria de Meinedo está classificada Imóvel de Interesse Público desde 1945.





Ler mais:
https://www.rotadoromanico.com/pt/monumentos/igreja-de-santa-maria-de-meinedo/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73629
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1096
https://www.visitarportugal.pt/porto/lousada/meinedo/igreja-santa-maria

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Cardenhas de Val de Poldros


 Na Serra da Peneda, as brandas, por oposição às inverneiras, eram os locais onde os pastores, e as as suas famílias, subiam aos pontos mais altos no verão, em busca dos melhores prados para os seus rebanhos. 

Cada branda era constituída por um conjunto de abrigos de pedra tosca - as cardenhas -, onde os habitantes se recolhiam durante a noite e assim passavam os meses de verão. Nos restantes meses, desciam às inverneiras, numa transumância humana que hoje já poucos praticam.
Como abrigo para o frio cortante do alto da serra, as cardenhas são rudimentares construções de granito, com tecto baixo para preservar o calor.
Das várias brandas que ainda subsistem na região da Peneda, subsiste a Brande de Santo António de Val de Poldros, um conjunto arquitectónico de inestimável valor patrimonial. Ali existem ainda umas quantas cardenhas bem preservadas, algumas delas convertidas em restaurante e locais de abrigo para visitantes.
Recentemente, a câmara municipal de Monção anunciou a criação de um plano de salvaguarda da branda de Val de Poldros, justificando-o com o "enorme potencial cultural e turístico deste espaço de memória".

Ler mais:
https://media.rtp.pt/visitaguiada/ouvir/branda-santo-antonio-vale-poldros/
http://portugalconhecaomaisbelopaisdaeuropa.blogspot.com/2018/04/val-de-poldros-aldeia-que-parece-um.html
https://www.rtp.pt/noticias/cultura/branda-em-moncao-vai-ter-plano-de-salvaguarda-de-santo-dentro-de-sete-meses_n1206135

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Portas da Cidade

Portas da Cidade - Silves
A medina de qualquer cidade muçulmana é um dos dois pólos fundamentais da organização urbana, desenvolvendo-se sob a protecção da alcáçova, mas ligando-se a ela através de, pelo menos, uma porta. É isso que pode ver em Silves, a antiga Al-Shilb.
Estas muralhas eram rasgadas por três portas, das quais apenas a Porta de Loulé chegou até nós. Esta porta apresenta um passadiço duplo, com arcos de volta perfeita, protegido por uma torre albarrã. À porta, protegida por um cotovelo que tinha como objetivo dificultar o acesso (característica da tradição almóada), sobrepõe-se a torre que outrora funcionou como Casa da Câmara. Esta torre tem no seu interior duas salas e anexos onde, durante séculos, esteve instalada a Câmara Municipal e, desde 1983, os serviços da Biblioteca Municipal. É acedida por uma escada exterior, construída posteriormente, e pelos dois passadiços originais, no topo. Junto a ela foram encontrados os vestígios do chamado "Palácio das Varandas".

Ler mais:

Forte Jesus de Mombaça