sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Ruínas Romanas de Miróbriga

O sítio arqueológico de Miróbriga, classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1940, situa-se nas proximidades da cidade de Santiago do Cacém.
A primeira notícia conhecida sobre as ruínas de Miróbriga data já do século XVI, época em que o humanista André de Resende a elas se referiu como sendo uma povoação outrora chamada Merobrica. Esta afirmação baseava-se em Plínio, um historiador romano do século I, que situa Niróbrica entre a antiga Salácia (Alcácer do Sal) a Lacobriga (Lagos).
Mas foi apenas no século XIX que, sob o patrocínio do Bispo de Beja, que viria mais tarde a tornar-se no Arcebispo de Évora, D. Frei Manuel do Cenáculo, estes terrenos que hoje pertencem ao complexo foram objecto de escavações.
As ruínas romanas de Miróbriga foram referenciadas desde o século XVI e encontram-se implantadas numa zona privilegiada, profícua em recursos agrícolas, marítimos e mineiros, pelo que este sítio arqueológico terá desempenhado um papel comercial de relativo destaque. Miróbriga foi habitada desde, pelo menos, a Idade do Ferro até ao século IV d. C.. Embora as estruturas habitacionais ainda permaneçam escassamente estudadas, sabe-se que se desenvolveram ao longo de calçadas e possuíam decorações com frescos. Circundando o forum desenvolve-se toda uma zona constituída por diversas construções como a cúria, a basílica e umas Termas.

Na zona mais elevada foi edificado um Forum com um templo centralizado, por certo consagrado ao culto imperial, e um outro templo provavelmente dedicado a Vénus. Circundando o Forum, desenvolve-se a zona comercial. As termas, das mais bem conservadas em território nacional, são compostas por dois edifícios que se anexam, possivelmente para uso masculino e feminino. Relativamente perto das termas, pode ver-se uma ponte de um só arco de volta inteira. Afastado do centro situa-se o hipódromo, o único de planta integralmente conhecida em território português.
O sítio arqueológico de Miróbriga está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1940.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/itinerarios/alentejo-algarve/01/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miróbriga
http://www.historiadeportugal.info/ruinas-romanas-de-mirobriga/
http://ensina.rtp.pt/artigo/conhecer-mirobriga/

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Restaurante "Armazém do Sal"

O Restaurante Armazém do Sal fica situado na Rua da Alfândega na cidade do Funchal, ilha da Madeira, num edifício com 200 anos de existência, que outrora serviu como armazém de sal.
Volvidos dois séculos, em junho de 2007, o velho edifício reabriu as portas como restaurante.
À mesa, o restaurante Armazém do Sal surpreende os clientes com uma cozinha contemporânea inspirada na gastronomia tradicional portuguesa, em que, naturalmente, se destaca a influência regional.
No edifício antigo, os interiores mantiveram a traça original. A decoração rústica garante um palco de comidas, cómodo, aprimorado e bonito. A cozinha não fica atrás, podendo-se deliciar com várias iguarias destacando-se a coroa de peixe-espada (recheado com banana e mousse de camarão) ou o bife de atum com crosta de ervas.

Ler mais:
https://www.armazemdosal.com/pt/
https://www.allaboutportugal.pt/pt/funchal/restaurantes/armazem-do-sal

Praia fluvial de Ana de Aviz

É na aldeia do mesmo nome, no concelho de Figueiró dos Vinhos, que está localizada a Praia Fluvial de Ana de Aviz. Este concelho é conhecido pelo seu património natural e paisagístico possuindo diversas ribeiras tendo portanto também uma enorme mancha florestal, parcialmente devastada pelo grande incêndio de 2017. Apesar disto, a tranquilidade, as condições naturais e as águas límpidas continuam a ser uma enorme referência a este local.
A criação da praia começou pela construção de uma represa que sustém ali a água da ribeira. Foi pensada tanto nos mais adultos como nos mais pequenos. Possui uma zona baixa com meio metro de profundidade e uma zona mais profunda com 1,50 metros. É notória a nitidez da água onde se consegue ver, através da transparência, o chão regular em xisto. A toda a sua volta é dotada de um relvado onde se pode estender confortavelmente a toalha.
Conhecida pelas suas excelentes condições, é assim de diversas infraestruturas de apoio. Além de possuir bons acessos, também dispõe de infraestruturas para pessoas com mobilidade reduzida. Possui casas de banho, parque de merendas inserido no areal, com churrasqueiras, um bar com esplanada, chuveiros, parque de estacionamento e uma fonte. Garante a segurança dos banhistas com a vigilância de nadador-salvador e posto de socorro.

Ler mais:
https://aldeiasdoxisto.pt/poi/2486
https://www.praiafluvial.pt/praia-fluvial-aldeia-ana-de-aviz/
http://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-ana-de-aviz-em-figueiro-dos-vinhos/

Termas de Monfortinho

Situadas junto à encosta da serra da Penha Garcia, no concelho de Idanha-a-Nova, as Termas de Monfortinho beneficiam de uma das mais antigas fontes termais do nosso país. Graças ao poder terapêutico das suas águas mas, também, pela natureza quase intacta que rodeia a região, as Termas de Monfortinho são local de visita obrigatória para quem quer cuidar do corpo e da mente.
Embora não exista qualquer prova que sustente esta teoria, a tradição admite a exploração do manancial da Fonte Santa de Monfortinho, como é designado, desde o período romano. Certo é que já no século XVIII Francisco da Fonseca Henriques, médico de D. João V, no seu Aquilégio Medicinal, fala-nos destas caldas e dos seus efeitos milagrosos na cura de males articulares, da pele, do sistema digestivo e hepático, do sistema reprodutor feminino e do foro psiquiátrico.
Durante séculos, este manancial de água num local desértico foi livremente utilizado por gentes de ambos os lados da fronteira para a cura de diversos males, embora as infra-estruturas existentes fossem muito deficitárias. Para os banhos era utilizada uma pequena casa erigida em granito, intitulada de Casa do Banho Público, de muito débeis e arcaicas condições. Esta seria demolida já durante o inicio do século XX, aquando das obras de remodelação levadas a cabo pela Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho, que obteria a exploração destas termas.
A Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho seria fundada em 1907 por 32 sócios, sendo seu grande impulsionador José Gardete Martins, médico e director clínico vitalício daquele estabelecimento termal. Com esta fundação, terminava o livre acesso da população a este manancial, ocorrido durante séculos, iniciando-se a empresarialização da sua exploração. Durante o período da I Guerra Mundial, as Caldas de Monfortinho conheceram um período de grave crise compensado,contudo, durante os anos da Guerra Civil Espanhola e da II Guerra Mundial, período durante o qual se observou um grande incremento do número de banhistas.
O grande problema que, contudo, inviabilizou um maior desenvolvimento destas termas foi a sua interioridade e a falta de vias de comunicação de qualidade. Ainda em 1970 não havia sido construída a estrada de ligação entre Monfortinho e Penha Garcia, essencial para uma pretensão antiga da população: uma ligação rodoviária transfronteiriça. Tal ligação só seria uma realidade em 1993, com a construção da ponte internacional que liga as termas de Monfortinho à província espanhola de Cáceres.
Em 1989 são reconhecidas por despacho da direcção geral de saúde as propriedades terapêuticas das águas termais.
As águas da "Fonte Santa de Monfortinho" são hipomineralizadas, bicabornatadas, sódicas, cálcicas e magnésicas, possuindo um dos maiores teores de sílica entre as águas termais portuguesas. A temperatura na nascente é de 29° C. Apresentam um pH de 5,45 e têm um elevado potencial redox. O caudal da nascente atinge os 36.000 litros/hora.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Termas_de_Monfortinho
http://www.termasdeportugal.pt/estanciastermais/Termas-de-Monfortinho
https://www.termasdemonfortinho.com/
http://www.centerofportugal.com/pt/termas-de-monfortinho-1/
http://www.saudevivamais.pt/termas-de-monfortinho/

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Cabo da Roca


O Cabo da Roca é o ponto mais ocidental de Portugal continental, assim como da Europa continental. Situa-se na freguesia de Colares, concelho de Sintra e distrito de Lisboa. O local é visitável, não até ao extremo mas até uma zona à altitude de 140 m. O cabo forma o extremo ocidental da Serra de Sintra, precipitando-se sobre o Oceano Atlântico.
Luís Vaz de Camões descreveu este cabo como o ponto “Onde a terra se acaba e o mar começa” (in Os Lusíadas, canto III). Esta frase está lapidada no suporte à cruz situada no cabo.
A sua flora é diversa e, em muitos casos, tem espécies únicas, sendo objecto de vários estudos que se estendem, igualmente, à geomorfologia, entre outros.
A 165 metros acima do nível do mar, encontra-se um farol mandado edificar em 1758, com 22 metros de altura, cuja luz tem um alcance de cerca de 48 quilómetros.
Este local faz parte do Parque Natural de Sintra-Cascais e durante o verão é visitado por inúmeros turistas que ali chegam de autocarro.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_da_Roca
http://www.historiadeportugal.info/cabo-da-roca/
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/cabo-da-roca

Museu Nacional Ferroviário - Núcleo de Lousado

O Museu Nacional Ferroviário – Núcleo de Lousado situa-se na freguesia de Lousado, Concelho de Vila Nova de Famalicão, junto à estação de caminhos-de-ferro, no entroncamento entre a Linha do Minho e a Linha de Guimarães. O Museu está sobre tutela da Fundação Museu Nacional Ferroviário, sendo gerido em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. O edifício ocupa a totalidade do antigo complexo oficinal da Companhia de Caminhos-de-Ferro de Guimarães, com uma área aproximada de 1400 m2.
O Núcleo de Lousado é um projecto alternativo à antiga Secção Museológica, aberta ao público no ano de 1979 do século XX, por iniciativa de Armando Ginestal Machado, grande impulsionado da museologia ferroviária em Portugal – que foi demolida por força das obras de modernização e electrificação das Linhas do Minho e de Guimarães.
Em termos de arquitectura, foram respeitadas as tipologias, funções e materiais construtivos dos edifícios. A implementação do Museu desenvolveu-se com base nas boas práticas da museologia contemporânea, contemplando áreas de acesso público e privado, espaços de acolhimento ao público, loja, visitas guiadas e garanta de mobilidade de todos os visitantes.
Considerado como um dos pólos de maior relevância no contexto ferroviário português, o acervo é constituído por material circulante, na sua maioria de via estreita, bem como acervo ferroviário de variadas tipologias, destacando-se os equipamentos de via e obra, bilhética, oficina e serviços educativos.
Relativamente ao material circulante exposto, o mesmo está organizado cronologicamente e tem como objectivo principal mostrar diversas locomotivas e carruagens. Este material foi construído entre 1875 e 1965, é originário de oito companhias, tendo sido adquirido a seis países e quinze construtores.
A principal particularidade deste museu não passa por ser o primeiro do género em Portugal, mas antes pela inovação discursiva no âmbito museológico: rigoroso no tratamento dos temas e com enquadramentos naturais dos conteúdos.
A concepção arquitectónica do edifício atendeu as necessidades próprias de um espaço que será, também, dedicado à investigação e ao conhecimento, sobressaindo o auditório instalado na antiga carruagem do Vale do Vouga, com equipamento audiovisual próprio e dupla valência, alem de espaço para exposições temporárias.
O projecto de arquitectura e restauro respeitou as tipologias, as funções e os materiais construtivos dos edifícios, hoje com lugar de destaque no âmbito da arqueologia industrial. 
Parte das coberturas é de telha marselha assenta num sistema de asnas à francesa, com clarabóias longitudinais e forro em madeira. Algumas paredes, construídas com pequenas porções de xisto preto e castanho, fazem jus ao nome da terra, Lousado.

Fontes: 
https://www.fmnf.pt/nucleos_museologicos_nucleo_lousado
 http://ominho-zezinhomota.blogspot.com/2008/08/freguesia-onde-nasci-lousado-1.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Ferroviário_de_Lousado

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Dolina de Covão do Feto


Na base do reverso da Costa de Minde e a menos de 2 km a norte do acidente geológico que corresponde ao cavalgamento do Maciço Calcário Estremenho sobre a bacia terciária do Tejo (cavalgamento do Arrife), no bordo sul do planalto de Santo António, o Covão do Feto é uma depressão cársica fechada, de forma aproximadamente circular e com fundo aplanado coberto de sedimentos argilosos, com potencialidade agrícola e pastorícia. Num dos bordos da depressão desenvolve-se a povoação com o mesmo nome.
Com uma profundidade de aproximadamente 40 m em relação ao topo das vertentes suaves, a depressão tem cerca de 1,2 km de comprimento por 1 km de largura, parecendo denunciar um controlo estrutural seguindo a orientação das grandes falhas existentes na região com orientação paralela à falha do Arrife.
A sua origem poderá estar associada a um vale normal de uma linha de água que servia de coletor principal à drenagem do sector oriental do planalto que escoava para a bacia do Tejo na região do Covão e que terá evoluído para um vale cego quando o maciço se elevou. Na sequência da sua evolução, a linha de água ter-se-á infiltrado em profundidade, mas a proximidade com a zona de saturação cársica terá condicionado o aparecimento da depressão, onde se verificariam inundações periódicas responsáveis pela aplanação do fundo.

Fonte:
http://www.natural.pt/portal/pt/Geossitio/Item/64

Forte Jesus de Mombaça