quinta-feira, 29 de março de 2018

Igreja do Antigo Convento da Graça


Santa Maria da Graça é o último grande monumento gótico monacal que Santarém actualmente conserva. A sua construção ficou a dever-se à iniciativa dos Agostinhos de Lisboa, instalados na cidade a partir de 1376. O arranque da construção da igreja aconteceu em 1380, mas dificuldades económicas e a própria história conturbada da família condal, na viragem dinástica, fizeram com que as obras fossem concluídas apenas no segundo quartel do século XV.
A cabeceira tripartida, o transepto e as naves obedecem às concepções do gótico mendicante tão característico da generalidade dos conventos baixo-medievais de Santarém que chegaram aos nossos dias, não obstante uma maior "tendência da abertura espacial", fruto certamente do natural caminho da arquitectura religiosa gótica rumo a uma mais clara espacialidade. A fachada principal, com o seu portal cenográfico e a enorme rosácea que ocupa o segundo registo, pelo contrário, está na dependência do Gótico flamejante que, durante a primeira metade do século XV, triunfou no emblemático monumento de Santa Maria da Vitória, na Batalha. 
Também as sepulturas da família Meneses, que aproveitaram a igreja para seu panteão, revelam a influência da Batalha, designadamente do túmulo duplo de D. João I com D. Filipa de Lencastre, modelo adoptado por D. Pedro de Meneses e sua mulher, D. Beatriz Coutinho. 
Continuando a tradição funerária do espaço, muitos foram os poderosos escalabitanos que aqui se fizeram enterrar, para além do túmulo do navegador Pedro Álvares Cabral, na capela de São João Evangelista, dotado de longa legenda epigráfica. 
                         Fonte: DGPC




Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquis
https://www.visitportugal.com/pt-pt/node/137368a-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70431/

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