A cerâmica de Estremoz tornou-se afamada nos séculos XVI e XVII pelo fabrico de púcaros. O barro é moldado em pequenas figuras, como presépios (presépios da Basílica da Estrela, da Igreja da Madre de Deus e da Igreja de S. Vicente), santos, homens e mulheres dos diferentes estratos sociais, e outras representativas dos hábitos, trajes, utensílios típicos das gentes alentejanas e ainda figuras de humor.
"O amor é cego. |
Entre estes barros figurados são bem conhecidos os "Fidalguinhos", os "Napoleões", os "Pretos", as "Primaveras" (figuras de mulheres vestidas de dançarinas com um arco de rosas de ombro a ombro, por cima da cabeça, e um chapéu de fantasia) ou os "Pastores", entre outros.
Sendo uma arte de cariz popular realizada por mulheres anónimas, os bonecos de Estremoz foram historicamente pouco valorizados. Só no século passado é que se assistiu a uma preocupação séria no sentido de recuperar a história da tradição e de descrever a arte. A partir do momento em que os antropólogos portugueses se começaram a interessar pela arte popular, o figurado em barro de Estremoz passou a ser visto como um importante legado a estudar.
Os bonecos de Estremoz são o primeiro figurado do mundo a merecer a distinção de Património Cultural Imaterial pela UNESCO.
Ler mais:
https://www.publico.pt/2017/12/07/culturaipsilon/noticia/bonecos-de-estremoz-uma-arte-inventada-por-mulheres-no-seculo-xvii-e-patrimonio-da-humanidade-1795242
http://www.cm-estremoz.pt/pagina/turismo/bonecos-de-estremoz
Sem comentários:
Enviar um comentário