A Igreja de São Roque foi construída no sítio de uma antiga ermida manuelina, na segunda metade do século XVI, sendo seu arquitecto Afonso Álvares, mestre-de-obras de D. João III.
Porém, quem terminou a sua construção foi o arquitecto Filipo Terzi, responsável pela cobertura e pela antiga fachada maneirista. A construção desta igreja, teve como objectivo essencial, a acção catequética da Companhia de Jesus, em conformidade com as orientações emanadas por esta Ordem religiosa.
De formato rectangular, a igreja é composta por uma só nave, uma capela-mor pouco profunda, e oito capelas laterais, sendo este modelo tradicionalmente designado por "Igreja-salão".
Na parte superior das paredes laterais, intercalando com os janelões, um conjunto de pinturas, de grandes dimensões, representa episódios da vida de Santo Inácio de Loyola, o fundador da Companhia de Jesus, obra do pintor seiscentista Domingos da Cunha, "o Cabrinha".
De grande simplicidade arquitectónica, este templo grandioso foi construído em consonância com as recomendações litúrgicas do Concílio de Trento, sendo representativo do processo de renovação da fé católica pós-tridentina.
Caracterizada como um monumento ímpar no contexto da arquitectura jesuítica, esta igreja serviu de modelo a outras posteriormente edificadas pela Ordem inaciana, em Portugal, no Brasil e no extremo Oriente.
Precedendo a cobertura da nave em tecto plano, e executado em madeira com pintura de perspectiva - com os denominados Passos das Escrituras, da autoria de Francisco Venegas -, existe uma cornija saliente apoiada em mísulas de cantaria. A capela-mor, rectangular e coberta por abóbada de berço com marcação de caixotões, possui um retábulo de talha dourada de concepção arquitectónica e remate semi-circular, onde se podem observar, além de uma escultura setecentista em madeira estofada de Nossa Senhora da Visitação ou da Misericórdia, imagens dos santos jesuítas Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Luís Gonzaga e Francisco de Borja.
Encontrando-se o interior essencialmente decorado com talhas, pinturas, azulejos e mármores (que constituem um importante conjunto das artes decorativas maneirista e barroca), merecerá especial referência a capela de São João Baptista, encomendada em Itália a Vantivelli por D. João V, uma verdadeira obra prima da arte italiana e de grande importância no panorama da arte portuguesa, de um modo geral.
Ler mais:
http://www.museu-saoroque.com/pt/igreja-de-sao-roque.aspx
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71215
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_São_Roque_(Lisboa)
Sem comentários:
Enviar um comentário