domingo, 22 de abril de 2018

Jardim Botânico de Coimbra

O Jardim Botânico de Coimbra ocupa uma parte considerável dos fundamentos do Colégio de São Bento. Depois de esses terrenos terem sido incorporados na Universidade, por doação dos frades beneditinos, foi em 1772 que, por iniciativa do Marquês de Pombal, foi criado o Jardim Botânico de Coimbra (o segundo em Portugal, depois da criação do Jardim Botânico da Ajuda quatro anos antes).
O século XVIII é marcado por uma revolução de mentalidades e por grandes avanços na ciência, nomeadamente no campo da Medicina. Assim, o Jardim Botânico de Coimbra foi criado com o objectivo de complementar o estudo da História Natural e da Medicina. Tendo tido como primeiro responsável Domingos Vandelli destaca-se, a partir de 1791, o papel desempenhado pelo naturalista e botânico Avelar Brotero com várias publicações científicas, entre as quais a primeira Flora Lusitana (1804). Este investigador português deu início à primeira escola prática de Botânica.
Compreende cinco terraços rectangulares que envolvem o primitivo "horto botanico", a que se desce por três escadarias duplas encimadas por portões, vencendo o desnível murado coroado por uma balaustrada de cantaria, alegretes e conversadeiras. A implantação reforçada pela simetria remete para cenografias do barroco, privilegiando panorâmicas sobre os canteiros e o lago central. É fechado e compartimentado por muros rasgados por janelões, gradeamentos e portões. A colecção distribui-se por alamedas, terraços, jardinetas, Escolas Sistemática e Médica, Estufas Grande e Vitória. A poente, a cerca ou mata desce de forma naturalizada pelo vale abrangendo área florestal, pomar, bambuzal, Escola das Monocotiledóneas e Estufa Fria. O jardim inclui esculturas evocativas e reminiscências de antigas cercas. Em 1925 é criado o Instituto Botânico Dr. Júlio Henriques que abrange o jardim.
Abílio Fernandes, director de 1942 a 1974, é responsável por muitas intervenções, destacando-se as realizadas em estufas, mata, arruamentos e anexos. A remodelação do quadrado central rege-se pela proposta de Cottineli Telmo e Armand Bellinghen de 1945: removeram-se os lancis que guiavam a coleção; delinearam-se canteiros concêntricos; introduziu-se a topiária de buxo e instalou-se a grande fonte no lago central.




Ler mais:
https://www.uc.pt/jardimbotanico/O_Jardim_Botanico_da_UC
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73924
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_Bot%C3%A2nico_da_Universidade_de_Coimbra

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