domingo, 6 de maio de 2018

Sé de Braga

A Sé de Braga representa a sede do bispado fundado, segundo a tradição, por São Tiago Maior que aqui terá deixado como primeiro bispo o seu discípulo, São Pedro de Rates. Devido a essa origem apostólica é considerada como Sacrossanta Basílica Primacial da Península Ibérica, e o seu Arcebispo, Primaz das Espanhas. Possui liturgia própria, a liturgia bracarense.
Considerada como um centro de irradiação episcopal e um dos mais importantes templos do românico no país, aqui encontram-se os túmulos de Henrique de Borgonha, conde de Portugal e sua esposa, Teresa de Leão, pais de D. Afonso Henriques.
Verdadeiro palimpsesto arquitectónico onde gostos diversos, do românico ao barroco, se acrescentaram ou anularam ao longo dos séculos, o vasto complexo religioso bracarense é um compêndio artístico da arte portuguesa desde o início da nacionalidade.
O edifício encontra-se sobre uma construção que tudo indica tratar-se da catedral anterior. A obra da actual Sé teve início com o bispo D. Pedro (1070-1093). Grande parte dos seus sucessores deixaram, também, a sua marca, tanto em pequenas alterações como em obras de vulto. Do edifício original pouco mais ficou do que o projecto geral e alguns pormenores decorativos, como as duas arquivoltas da primitiva porta principal românica, lavrados com cenas da gesta medieval da Canção da Raposa. No subsolo da capela-mor encontram-se os vestígios arqueológicos do templo primitivo paleocristão e altomedieval.
A Sé apresenta duas torres na fachada – que a aproximam das grandes catedrais do românico português – e é constituída, no interior, por três naves, transepto e cabeceira com cinco capelas. Ao lado da Catedral, com acesso a partir do claustro, situa-se o Tesouro da Sé. Este foi criado em 1930 e consiste numa compilação de peças de vários séculos.
Da construção destacam-se a galilé (século XV), a grade de ferro que a fecha, a grande pedra de armas do arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles, a edícula e o coroamento das torres (século XVIII), o revestimento azulejar da capela de São Pedro de Rates – com representações de cenas da vida do santo - , a finíssima talha dourada neoclássica da Capela do Santíssimo Sacramento, a sacristia – cuja arquitectura foi uma intensa novidade para Braga na época -, o cadeiral e os órgãos do coro alto – obras do século XIII, de concepção e execução excepcionais.

Ler mais:
http://se-braga.pt/
http://www.diocese-braga.pt/arquidiocese/221/5918
https://webraga.pt/visitar/museus/se-de-braga/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sé_de_Braga
https://maisturismo.org/a-se-catedral-de-braga/
http://www.rotadascatedrais.com/braga-evolucao-historico-artistica

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