As escavações realizadas no território correspondente na actualidade ao concelho de Santiago do Cacém revelam as remotas origens dos vestígios de ocupação humana na região, desde o Paleolítico, passando pelo Neolítico, até ao período da conquista romana, ao qual remontam as ruínas de Miróbriga, numa comprovação da adequação dos seus terrenos à prática agro-pecuária.
O antigo povoado de Santiago do Cacém terá, então, entrado num longo processo de declínio, por volta do século IV d. C., até à chegada dos mouros, em 712. Passou a ser, então, conhecido por Cacém, denominação eventualmente atribuída a partir do nome do seu governador árabe, Kassen, ainda que uma lenda local a atribua a nobre aportada do Mediterrâneo oriental que, após matar Kassen e conquistar o castelo no dia de Sant'Iago, o baptizou de Sant'Iago de Kassen.
Nos séculos posteriores, pouco se sabe sobre os acontecimentos nesse local e no seu castelo, retomando Santiago do Cacém à memória dos homens já com a Reconquista Cristã, tendo sido tomada pela primeira vez aos Mouros em 1158, como consequência da conquista de Alcácer do Sal pelos exércitos do rei D. Afonso Henriques de Portugal.
No século XIII o castelo, propriamente dito, encontrava-se na posse da princesa D. Vetácia, próxima da Rainha Santa Isabel, regressando à Ordem com a morte da proprietária, até que Filipe II (1578-1621) o doou aos Duques de Aveiro, em 1594, transferindo-se para a Coroa em 1759, numa altura em que se encontrava já bastante danificado. Uma situação agravada pela destruição parcial do muralhado provocada pela construção da igreja Matriz, no século XIII, assim como pela utilização do seu recinto interno como cemitério da Vila, a partir do século XIX.
No ano de 1217, o Castelo de Santiago do Cacém foi reocupado definitivamente, tendo sido doado à Ordem de Santiago da Espada, sendo reconstruído pelos monges guerreiros dessa mesma Ordem.
A cerca do Castelo de Santiago do Cacém, de planta geométrica aproximadamente retangular, conserva ainda alguns vestígios da fortaleza muçulmana, possuindo dez torres quadrangulares e cubelos semi-cilíndricos que robustecem os panos de muralha ameados. Subsiste ainda a quase totalidade da barbacã, que também se encontra reforçada por cubelos.
O castelo foi classificado como monumento nacional em 1910.
Ler mais:
http://www.historiadeportugal.info/castelo-de-santiago-do-cacem/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70441/
http://www.amigosdoscastelos.org.pt/tabid/72/ctl/Details/mid/473/monumentID/61/Default.aspx
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3428
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Santiago_do_Cacém
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