A filigrana, produção emblemática da ourivesaria artesanal tradicional, tem em Portugal um território fértil e com uma história antiga, centrada especialmente em duas zonas da região norte do País, Gondomar e Póvoa de Lanhoso.
Em Gondomar, a presença da exploração mineira do ouro vem desde os povos pré-romanos, intensificando-se durante a presença romana com a exploração de minas espalhadas nas serras de Pias e Banjas. A partir da segunda metade do século XVIII, Gondomar começa a afirmar-se como um dos núcleos mais importantes e prolíferos da Ourivesaria Portuguesa. A Filigrana é o campo privilegiado na Ourivesaria gondomarense, a produção artesanal é praticada em oficinas de pequena escala, de cariz familiar, utilizando técnicas passadas de uma geração à próxima. Esta herança continua a vigorar com força no Município, exemplo disso, no ranking das oito maiores empresas portuguesas de joalharia e ourivesaria cinco são gondomarenses. A Ourivesaria em Gondomar regista cerca de 60% da produção nacional.
A filigrana é a arte de torcer fios de ouro ou prata (dois), usualmente muito finos, que são depois aplicados a molduras com várias formas, preenchendo-as com um rendilhado delicado. Da fundição à peça final vai um longo caminho, passando a vara-de-ouro ou prata por um processo de estiragem, diminuição da espessura do fio resultante, torcendo-os entre duas tábuas de madeira, seguido de um processo de batimento, cozimento e branqueamento. Por fim, a minuciosa tarefa de preenchimento das molduras é geralmente realizada por mulheres, denominadas “enchedeiras”. Finalmente, o processo de acabamento consiste em soldar todos os componentes e nas operações finais de montagem.
Ler mais:
http://turismo.cm-gondomar.pt/a-filigrana/
http://turismo.cm-gondomar.pt/certificacao-filigrana-de-portugal/
http://www.aorp.pt/_usr/docs/160707120913brochura-rota-da-filigrana.pdf
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