O Templo Romano de Évora, o ex-libris da cidade, é um dos mais grandiosos e mais bem preservados templos romanos de toda a Península Ibérica, tendo sido considerado Património Mundial pela UNESCO em 1986. o templo romano foi construído no início do século I d.C., e fica situado no centro histórico da cidade, mais precisamente, no Largo Conde de Vila Flor, próximo da Sé Catedral.
Embora o templo romano de Évora seja frequentemente chamado de Templo de Diana, sabe-se que a associação com a deusa romana da caça originou-se de uma fantasia criada no século XVIII pelo padre Manuel Fialho. Na realidade, o templo foi provavelmente construído em homenagem ao imperador Augusto, que era venerado como um Deus durante e após o seu reinado. O templo foi bastante danificado no século IV, durante as perseguições religiosas levadas a cabo no tempo do imperador Honório.
Posteriormente à sua vandalização, deve ter sido integrado nas fortificações de Évora, nos períodos visigótico, muçulmano e primeiras centúrias do Portugal Independente, sendo depois transformado num açougue público, por alvará da rainha D. Beatriz de Castela, esposa de D. Afonso IV. Durante a crise de 1383-85, o templo foi também palco de escaramuças entre os partidários do mestre de Avis e os aliados de D. Leonor Teles, o que terá contribuído para uma ainda maior degradação da sua estrutura.
No ano de 1870, o monumento foi desobstruído, reintegrando, tanto quanto possível, as suas linhas originais.
De linhas assumidamente clássicas, pertencente a uma tipologia que assistiu ao seu desenvolvimento especialmente no território da Península Ibérica, esta estrutura demonstra uma convivência plenamente harmoniosa entre materiais de construção tão diferentes, como o mármore e o granito.
De todo o complexo, chegaram até aos nossos dias o podium, quase completo, onde é ainda bem visível a escadaria, apesar do seu desmoronamento. O podium, propriamente dito, encontra-se estruturado numa área de c. de 25 m de comprimento, 15 m de largura e 3,5 m de altura, em cantaria granítica de aspecto irregular, o denominado opus incertum.
Quanto às colunas, este Templo - um dos mais bem conservados da Península Ibérica -, apresenta a colunata intacta, composta de 6 colunas, arquitrave e fragmentos do friso no seu topo norte, enquanto do seu lado oeste surgem apenas 3 colunas inteiras - uma das quais sem capitel e base -, fragmentos da arquitrave e um dos frisos. No respeitante à tipologia, são colunas coríntias com fustes vincadamente canelados, constituídas por 7 tambores de tamanho irregular. As colunas assentam em bases circulares de mármore branco de Estremoz. Em relação aos capitéis, eles apresentam-se lavrados no mesmo mármore, com decoração estruturada em 3 ordens de acantos e ábacos, ornamentados de florões e flores, como malmequeres, girassóis e rosas.
Está classificado como Monumento Nacional desde junho de 1910.
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70489
http://www.visitevora.net/templo-romano-evora-diana/
http://www.portugalnotavel.com/templo-de-diana-evora/
http://www.roteirodoalqueva.com/patrimonio/templo-romano-de-evora
https://pt.wikipedia.org/wiki/Templo_romano_de_Évora
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