As ruínas de Conímbriga, em Condeixa-a-Nova, são dos mais conhecidos vestígios romanos em Portugal. Estendem-se por uma vasta área, apresentando todos os traços de uma cidade de grandes dimensões e que só foi parcialmente escavada.
Os arqueólogos acreditam que Conímbriga é uma das maiores localidades romanas conhecidas em Portugal e na Península Ibérica, apesar de só conhecerem menos de um quinto do seu tamanho real.
A evidência arqueológica revela-nos que Conímbriga foi habitada, pelo menos, entre o séc. IX a.C. e sécs. VII-VIII, da nossa era. Quando os Romanos chegaram, na segunda metade do séc. I a.C., Conímbriga era um povoado florescente. Graças à paz estabelecida na Lusitânia operou-se uma rápida romanização da população indígena e Conímbriga tornou--se uma próspera cidade. No tempo de Augusto a cidade beneficiou de notória renovação urbanística construindo-se o fórum, as termas e a basílica. A cidade mantém-se faustosa até 464 d.C.
Seguindo a profunda crise política e administrativa do Império, Conímbriga sofreu as consequências das invasões bárbaras. Em 465 e em 468 os Suevos capturaram e saquearam parcialmente a cidade, levando a que, paulatinamente, esta fosse abandonada.
A arquitectura doméstica de Conímbriga, que se desenvolveu e renovou sobretudo entre os últimos anos do século I e o início do século III, notabiliza-se pela edificação de insulae e de sumptuosas domus. O encanto de Conímbriga reside precisamente nestas casas, que guardam na pedra as memórias do esplendor de outros tempos.
Percorra a Casa dos Repuxos e deleite-se no belo jardim central, que preserva a estrutura hidráulica original com mais de quinhentos repuxos, rodeado por um magnífico conjunto de mosaicos figurativos com cenas de caça, passagens mitológicas, as estações do ano, monstros, aves e animais marinhos. Visite as grandes casas e aparato, como a de Cantaber, a maior da cidade, a da Cruz Suástica, com os seus mosaicos geométricos, a do Tridente e da Espada ou a dos Esqueletos, e depois transite por entre os edifícios de rendimento que se organizam em volta destas. Suba as bancadas e os túneis do anfiteatro, percorra as três termas espalhadas pela urbe, e ao pisar os mosaicos do forum imagine-se no centro político desta florescente cidade de outros tempos.
No museu, construído nos anos 60 do século passado, podem encontrar-se achados que surgiram ao longo de vários anos de escavações, para além de modelos que reconstituem o Fórum, templos e outros edifícios importantes daquele complexo urbano.
Conímbriga é visitada anualmente por cerca de 100 mil pessoas.
Ler mais:
http://www.conimbriga.gov.pt/portugues/museu_exposicao4_3.html/ruinas.html
http://www.centerofportugal.com/pt/museu-e-ruinas-romanas-de-conimbriga/
http://ensina.rtp.pt/artigo/conimbriga/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conímbriga
https://turismodocentro.pt/poi/ruinas-de-conimbriga/
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