sábado, 24 de novembro de 2018

Paço Ducal de Vila Viçosa

Enquadrando o vasto terreiro onde se ergue a estátua equestre de D. João IV, o O Paço Ducal de Vila Viçosa testemunha com rigor não só a evolução da Arte em Portugal, mas também a actividade cultural desenvolvida pela família dos duques de Bragança. 
A sua edificação iniciou-se em 1501 por ordem de D. Jaime, quarto duque de Bragança, mas as obras que lhe conferiram a grandeza e características que hoje conhecemos prolongaram-se pelos séculos XVI e XVII. Resta da primitiva traça o claustro manuelino e as dependências térreas, cujos vestígios mais importantes são as abóbadas e as portas, em arco de ferradura.
Os 110 metros de comprimento da fachada de estilo maneirista, totalmente revestida a mármore da região, fazem deste magnífico palácio real um exemplar único na arquitectura civil portuguesa, onde pernoitaram personalidades de grande projecção nacional e internacional.
De residência permanente da primeira família da nobreza nacional, o Paço Ducal passou, com a ascensão em 1640 da Casa de Bragança ao trono de Portugal, a ser apenas mais uma das habitações espalhadas pelo reino. Nos reinados de D. Luís e D. Carlos as visitas frequentes ao Paço Ducal são retomadas, assistindo-se, ao longo do século XIX, a obras de requalificação que visavam oferecer maior conforto à família real durante as excursões venatórias anuais.
A implantação da República em 1910 levou ao encerramento do Paço Ducal de Vila Viçosa que, por vontade expressa em testamento por D. Manuel II, reabre portas nos anos 40 do século XX, após a criação da Fundação da Casa de Bragança.
Ao longo de toda a visita ao Palácio predominam os frescos e azulejos seiscentistas, os tectos em caixotões e pintados e as lareiras em mármore que distinguem as diversas salas que acolhem importantes colecções de pintura, escultura, mobiliário, tapeçarias, cerâmica e ourivesaria.
Assim, o fundo museográfico do palácio, hoje património da Fundação da Casa de Bragança, é formado por um conjunto de peças antigas, de valor artístico desigual, todavia embelezado pela decoração monumental do interior, antecedido pela escadaria monumental, de alçados recobertos por frescos quinhentistas representando a tomada de Azamor, em 1513, pelo duque D. Jaime.
Na biblioteca, onde se reúnem cerca de 50 000 volumes, incluem-se espécies raras, coleccionadas pelo último rei de Portugal, D. Manuel II.

Ler mais:
http://www.fcbraganca.pt/paco/paco.html
http://www.cm-vilavicosa.pt/pt/site-visitar/oquevisitar/Paginas/Palacio.aspx
https://guiastecnicos.turismodeportugal.pt/pt/museus-monumentos/ver/Paco-Ducal-Fundacao-da-Casa-de-Braganca
"Tesouros Artísticos de Portugal" (1976) - Selecções do Reader's Digest

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