O cemitério de Coimbra foi implantado na antiga Quinta da Conchada e inaugurado a 1 de Outubro de 1860 pelo Presidente da Câmara da época, Venâncio Rodrigues. A partir das décadas de 70 e 80 do séc. XIX, as famílias mais ricas e importantes da cidade começaram a interessar-se pela aquisição e construção de jazigos que transformaram em verdadeiras obras de arte com magníficas demonstrações da excelência dos afamados canteiros conimbricenses.
A entrada faz-se através de um portão encimado por um magnífico trabalho de ferro forjado onde se destaca um imponente anjo.
O mais imponente e monumental jazigo do cemitério da Conchada é o dos condes do Ameal. Ocupa o lugar central para onde convergem as ruelas mais importantes do cemitério. Tem uma planta poligonal, cujo traçado e trabalho de escultura se devem ao famoso canteiro conimbricense João Machado, célebre artista que se destacou, entre muitas outras obras, pela excelência e exuberância da pedra trabalhada no hotel do Buçaco. O desenho é em estilo revivalista neogótico, muito ao gosto da época onde se recuperaram os gostos artísticos da Idade Média e Renascença, dando a origem a novas correntes ditas revivalistas, pois faziam reviver estilos artísticos antigos.
No cemitério existe também o talhão dos combatentes. Trata-se de um recinto exclusivo onde são enterrados os soldados portugueses que, ao logo do século XX, combateram nas diversas guerras em que o nosso país esteve envolvido, nomeadamente a primeira guerra mundial e a guerra colonial.
Fonte (com a devida vénia):
https://clubepatrimonio.blogs.sapo.pt/24250.html
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