Moliceiro é o nome dado aos barcos que circulam na Ria de Aveiro, região lagunar do Rio Vouga. Esta embarcação era originalmente utilizada para a apanha do moliço, mas actualmente mais usados para fins turísticos.
São barcos de borda baixa para facilitar o carregamento do moliço, que é uma planta aquática que constituía a principal fonte de adubagem dos terrenos agrícolas em torno da Ria de Aveiro. Assim, substituía no elemento líquido os carros de bois na faina do moliço, tanto carregando as plantas como as rocegando, ao vogar com os ancinhos armados, um em cada borda.
Construídos em madeira de pinho, os moliceiros têm uma proa e uma ré muito elegantes que normalmente estão decorados com pinturas que ridicularizam situações do dia a dia. O comprimento total é cerca de 15 metros, a largura de boca 2,50 metros. Navega em pouca altura de água. O castelo da proa é coberto. Como meios de propulsão usa uma vela, a vara e a sirga. A sirga é um cabo que se utiliza na passagem dos canais mais estreitos ou junto às margens, quando navega contra a corrente ou contra o vento.
A dimensão e a decoração variavam consoante os locais: os da Murtosa são maiores e decorados com cores mais garridas e com temas mais brejeiros; os de Salreu são os mais pequenos e pintados de negro; os de Mira são os mais sóbrios.
Hoje, os moliceiros são aproveitados essencialmente para o turismo, possibilitando pequenos passeios na ria e nos canais da cidade de Aveiro.
Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Moliceiro
https://asenhoradomonte.com/2012/10/06/historia-do-moliceiro/
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