sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Palácio Nacional de Sintra

No centro da vila de Sintra, marcando a paisagem com a silhueta inconfundível das duas chaminés cónicas que coroam a cozinha real, ergue-se o único palácio que atravessou toda a história de Portugal.
O Paço de Sintra atual é formado por muitos paços reais. É um conjunto de edifícios que foram construídos, acrescentados e adaptados ao longo de séculos, sendo a data da fundação do paço mais antigo um enigma por resolver ainda hoje. Muito provavelmente, o primeiro edifício foi construído por volta do século X ou XI, quando Sintra era território islâmico. No final da Idade Média, o Paço de Sintra era o centro de um território gerido pelas Rainhas de Portugal, mas foi também um dos espaços preferidos dos monarcas portugueses. A abundância de caça na região, a frescura do clima durante os meses de verão ou a necessidade de refúgio em períodos de peste na capital fizeram do Paço de Sintra um destino frequente.
Apresenta características de arquitetura medieval, gótica, manuelina, renascentista e romântica. É considerado um exemplo de arquitetura orgânica, de conjunto de corpos aparentemente separados, mas que fazem parte de um todo articulado entre si, através de pátios, escadas, corredores e galerias.
As suas principais salas são: Sala dos Archeiros; Sala dos Cisnes, Quarto de Hóspedes, Sala Árabe; Sala Chinesa; Quarto de Afonso VI; Sala das Armas ou dos Brasões; Sala das Pegas e a Capela. Na Sala dos Cisnes há que destacar o tecto onde estão pintados cisnes e os azulejos verdes e brancos em xadrez e o facto desta sala ainda ser utilizada para banquetes oficiais do Primeiro-Ministro. Na sala Árabe pode-se encontrar azulejos de aresta e de "corda-seca" do começo século XVI. No quarto onde D. Afonso VI esteve preso durante 9 anos pode-se ver o pavimento cerâmico original do século XV. A sala dos Brasões é provavelmente a sala heráldica mais importante da Europa, pois possui todos os brasões das famílias nobres do reinado de D. Manuel I. Na sala das Pegas encontramos várias pegas pintadas no tecto a dizerem "Por Bem" que provavelmente se referem às senhoras da corte. Na Capela Palatina podemos observar azulejos alicatados, o fantástico tecto feito em técnica de alfarge e frescos do século XV que mostram pombas. Um Ex-libris deste Paço é sem dúvida a sua Cozinha, com enormes chaminés cónicas (33 metros de altura), fornos e toda a equipagem de cozinha. Po fim, não pode-se mencionar este monumento sem se falar nos seus azulejos cuja origem remonta ao período desde do século XIV até ao século XVIII.
O Palácio foi utilizado pela Família Real Portuguesa praticamente até ao final da Monarquia, em 1910. Foi aqui que D. Manuel recebeu a notícia da descoberta do Brasil, foi aqui que nasceu e morreu D. Afonso V, foi aqui que foi encarcerado D. Afonso VI e foi aqui que D. João II foi tornado rei.
Nos últimos anos, o Paço de Sintra tem-se assumido como um dos mais importantes polos culturais no coração da vila de Sintra. Faz parte da Paisagem Cultural de Sintra, inscrita pela UNESCO como Património Mundial, a 6 de dezembro de 1995. Desde setembro de 2012, integra o património sob a gestão da Parques de Sintra e, em 2013, foi incluído na Rede de Residências Reais Europeias.

Ler mais:
https://www.parquesdesintra.pt/pt/parques-monumentos/palacio-nacional-sintra/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/museus-e-monumentos/rede-portuguesa/m/palacio-nacional-de-sintra/
http://www.sintraromantica.net/pt/monumentos/palacio-nacional-de-sintra
https://lifecooler.com/artigo/atividades/palacio-nacional-de-sintra-palacio-da-vila/326883/

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