segunda-feira, 2 de abril de 2018

Jardim Botânico da Ajuda


É o mais antigo jardim de Portugal, tendo sido mandado plantar pelo Marquês de Pombal, em 1768 com a designação de Real Jardim Botânico da Ajuda. Foi construído com a vocação de museu e viveiro de espécies botânicas oriundas das mais diversas partes do mundo. O Jardim foi projectado por um botânico italiano, Domingos Vandelli (o mesmo que projectou o Jardim Botânico de Coimbra), vindo de Pádua e chamado pelo rei D. José para ensinar os seus príncipes.
Possui uma área de 3,5 ha, divididos por dois tabuleiros com um desnível de 6,8 m entre eles. A arquitectura do Jardim segue os modelos renascentistas em terraços talhados na encosta, tendo três elementos fundamentais, pedra esculpida, plantas e água em fontes e lagos. No entanto, os ornamentos existentes no jardim têm influências marcadamente barrocas (nomeadamente a fonte central e as escadarias (laterais e central). O jardim tem dois tipos de uso: no tabuleiro superior a colecção botânica e no tabuleiro inferior o jardim de passeio ornamental com buxo e traçado conforme as regras do jardim de recreio. Existe ainda, «o jardim dos aromas» com plantas aromáticas e medicinais, desenhado para invisuais e o arborinho.
Presentemente é administrado pelo Instituto Superior de Agronomia, o qual levou a cabo entre 1994-1997 um projecto de recuperação visando, essencialmente, garantir a sua origem botânica, mantendo e apresentando as plantas de uma colecção que recorda a história da curiosidade científica dos portugueses que abriram os Oceanos, e, apresentá-lo como um espaço de lazer. As novas plantas encontram-se distribuídas por áreas fitogeográficas (Brasil e América do Sul, Austrália e Nova Zelândia, Região Macaronésia, Europa Central e Atlântica, China e Japão, América do Norte e Central, Região Mediterrânea e África) com base na história da sua introdução em Portugal e na sua ligação aos Descobrimentos Portugueses; a criação do Jardim dos Aromas, especialmente destinado a cegos com tabuletas em braille e plantas expostas em alegretes levantados permitindo cheirá-las e tocá-las.

Ler mais:
https://www.isa.ulisboa.pt/visitantes/jardim-botanico-da-ajuda
https://www.isa.ulisboa.pt/jba/apresentacao
http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/jardim-botanico-da-ajuda

Fonte das Bicas


Mais conhecida como Fonte das Bicas, o Chafariz de Borba é uma imponente construção barroca setecentista, em mármore branco, mandada edificar pelo município da vila em 1781, para assinalar a visita dos reis D. Maria I e D. Pedro III, conforme inscrição que ostenta. São conhecidos os nomes dos seus afamados autores, sendo o desenho da autoria de José Álvares de Barros, engenheiro, e a factura de José Mendes da Silva e António Franco Painho, escultor. Os nomes de António e Angélico Velez, artistas locais, estão também ligados à obra, tendo realizado o exame final da mesma, a pedido do município, no ano de 1785. 
A peça levanta-se sobre um estrado lajeado, com acesso por dois degraus contracurvados, e é defendida por um pequeno labirinto de balaústres criando um interessante efeito cénico. Construída em mármore branco da região, é composta por três tanques, um central e de maiores dimensões e dois laterais, sobre as quais pontificam os bustos de D. Maria e D. Pedro. A taça central é servida por três bicas, e as laterais por uma em cada, sendo todas em forma de carranca. O conjunto, todo decorado com grinaldas relevadas e laçadas de sabor neoclássico, é emoldurado por um alto frontispício, que apresenta ao centro um medalhão com a efígie da rainha. A rematar o monumento, em cornija enquadrada por um grande pináculo, destaca-se o escudo régio, coroado. Na face posterior, menos ornamentada, está o brasão de armas setecentista da Vila de Borba. 
Anexo ao chafariz fica um extenso tanque rectangular, formando um espelho de água que avança pelo Jardim Municipal, e é rematado a sul por um bebedouro para animais e um lavadouro. Integram-se deste modo as serventias públicas básicas no monumento comemorativo, de acordo com a encomenda municipal.
                           Fonte: DGPC




Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70230/
http://www.cm-borba.pt/pt/site-visitar/concelho/patrimonio/Paginas/fonte-das-bicas.aspx
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fonte_das_Bicas

Igreja matriz de Barcelos


A Igreja Matriz de Barcelos, ou Igreja de Santa Maria Maior, é um templo gótico construído durante o século XIV, ampliando o anterior edifício românico. Algumas das soluções construtivas e decorativas aqui empregues participam destas duas artes, que começaram por ser antagónicas, pelo menos na região da Île-de-France, onde nasceu o Gótico, mas que, em zonas periféricas, se mesclaram e interpenetraram, formando um estilo de transição a que muitos chamam românico-gótico.
O templo foi alvo de sucessivas beneficiações, contando-se como mais importante a ocorrida durante o século XVIII, quando se procedeu ao revestimento das paredes com azulejos e a colocação de talha nos altares laterais, com especial destaque para o Altar do Santíssimo.
Os painéis de azulejos datam de 1721 e cobrem o corpo da igreja com episódios da vida da Virgem.
Externamente, observa-se, sobre a portada, uma rosácea neogótica, instalada durante os restauros do século XX, e à direita da igreja levanta-se uma torre sineira do século XVIII.


Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5245
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70556/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Matriz_de_Barcelos
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/igreja-de-santa-maria-maior-matriz-de-barcelos

Miradouro de São Leonardo de Galafura, visto por Miguel Torga



São Leonardo de Galafura é um dos mais enigmáticos miradouros da região duriense. Daqui podemos admirar o vale do Douro em todo o seu esplendor. A beleza do local tem encantado as pessoas e inspirado os poetas. Miguel Torga, nascido a poucos kms de Galafura, na aldeia de São Martinho de Anta, era contemplador assíduo das água do do douro que correm lentamente lá no fundo. Em 8 de Abril de 1977, Torga inspirado pelo Douro, faz-lhe uma das mais belas homenagens… um poema, que hoje se encontra eternizado na fachada da capela erigida lá no topo.

   Fonte: http://www.osmeustrilhos.pt/2012/07/10/sao-leonardo-d-galafura/

São Leonardo da Galafura


À proa dum navio de penedos,
A navegar num doce mar de mosto,
Capitão no seu posto
De comando,
S. Leonardo vai sulcando
As ondas
Da eternidade,
Sem pressa de chegar ao seu destino.
Ancorado e feliz no cais humano,
É num antecipado desengano
Que ruma em direcção ao cais divino.

Lá não terá socalcos
Nem vinhedos
Na menina dos olhos deslumbrados;
Doiros desaguados
Serão charcos de luz
Envelhecida;
Rasos, todos os montes
Deixarão prolongar os horizontes
Até onde se extinga a cor da vida.

Por isso, é devagar que se aproxima
Da bem-aventurança.
É lentamente que o rabelo avança
Debaixo dos seus pés de marinheiro.
E cada hora a mais que gasta no caminho
É um sorvo a mais de cheiro
A terra e a rosmaninho!

            Miguel Torga

domingo, 1 de abril de 2018

Jardins do Palácio de Cristal


Os Jardins Românticos do Palácio de Cristal, ocupam uma área de 8 hectares no centro do Porto e foram projectados no século XIX pelo arquitecto paisagista alemão Émille David, no contexto da construção do próprio edifício do Palácio de Cristal. O palácio (entretanto demolido) tinha como modelo o Palácio de Cristal de Londres. A versão de aço e vidro portuguesa foi substituída nos anos cinquenta do séc. XX para dar lugar ao que é hoje o Pavilhão Rosa Mota onde acontecem concertos, feiras e eventos desportivos.
Actualmente conservam-se ainda do projecto original, o Jardim Émille David na entrada principal, a Avenida das Tílias, o bosque e a concepção das varandas sobre o Douro. Podemos ainda contemplar as magníficas panorâmicas sobre o rio e sobre a cidade, que miradouros em posições estratégicas nos oferecem. De referir que estes jardins tirando partido do património botânico e da dinâmica lúdico-cultural, acolhe um Centro de Educação Ambiental.

Ler mais:
http://www.visitporto.travel/visitar/paginas/viagem/DetalhesPOI.aspx?POI=1031
http://www.cm-porto.pt/jardins-e-parques-urbanos/palacio-de-cristal_33
http://www.visitar-porto.com/pt/o-que-ver/jardins-parques/jardins-palacio-de-cristal.html

Peter Café Sport


O Peter Café Sport, na cidade da Horta, é um marco na história dos Açores, e particularmente, da Ilha do Faial. Uma expressão consagrada ente os iatistas resume isso no seguinte: "Se velejares até a Horta e não visitares o Peter Café Sport, não viste a Horta na realidade." Em 1986, a revista Newsweek considerou-o no lote dos melhores bares do mundo. Não é só um Bar-café, mas sim uma instituição de renome mundial. Tudo começou com o "Bazar do Fayal", situado no Largo de Neptuno (hoje a Praça do Infante), vocacionado para o comércio de artesanato local. Em 1918, Henrique Lourenço Ávila Azevedo, um dos filhos do fundador Ernesto Azevedo, ao mudar de instalações, altera-lhe o nome para "Café Sport", devido à sua paixão pelo desporto, pois era praticante de futebol, remo e bilhar. O Museu de Scrimshaw, inaugurado em 1986, é a maior e a mais bela colecção particular da arte de Scrimshaw  (artesanato em osso e dentes de baleia) no Mundo.


A origem do nome "Peter" está ligada a tripulação do navio "Lusitânia II" da Royal Navy. Reconhecendo-lhe semelhanças do jovem José Azevedo (1925-2005) com o seu filho de nome Peter, o oficial chefe do serviço de munições e manutenção do navio, passou a chama-lo de Peter. Foi com este nome que ficou conhecido ao longo de toda a sua vida.
Desde do inicio da década de 60, José de Azevedo tornou-se conhecido pela arte de bem receber os iatistas e por lhes prestar assistência. Em 1967, a Ocean Crusing Club através do seu presidente e fundador, Humphrey Barton, propõe José Azevedo como sócio em reconhecimento dos muitos serviços prestados aos iatistas. Em 1981, é nomeado sócio honorário do Ocean Crusing Club. Foi convidado a participar na Expo98, onde foi montada uma réplica do "Peter Café Sport".
Em 2009, O Peter Café Sport foi eleito o melhor bar do mundo para navegadores, numa competição que pretende criar uma rede de pontos de referência para os marinheiros nas suas viagens pelo mundo.
               Fonte: http://acores.wikia.com/wiki/Peter_Caf%C3%A9_Sport

Ler mais:
https://observador.pt/2014/06/21/peters-um-gin-tonico-e-o-posto-de-correio-atlantico/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Caf%C3%A9_Sport
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/acores/peter-eleito-o-melhor-bar-do-mundo-para-navegadores

Castelo de Palmela


Com ocupação islâmica entre os séculos VIII-XII, o Castelo de Palmela foi conquistado por D. Afonso Henriques, em 1147 e definitivamente recuperado por D. Sancho I. Sede definitiva da Ordem de Santiago, de 1443 até à sua extinção, em 1834, a fortificação é Monumento Nacional desde 1910. 
A posição geográfica do castelo permite um domínio estratégico de parte do estuário sadino, de uma vertente da cordilheira da Arrábida e das planícies envolventes que a separam do Tejo. Esta situação, noutros tempos, revestia-se da maior importância pelas ligações e possibilidades de comunicação que se estabeleciam com os castelos circundantes das linhas do Tejo e do Sado.
Ao longo da Baixa Idade Média, o conjunto teve várias obras, entre as quais se contam a reconstrução / reformulação santiaguista (provavelmente na viragem para o século XIII), em que se incluirão algumas torres. Posteriormente, provavelmente em época dionisina, ter-se-á construído a torre de menagem, vincadamente gótica e protegendo a entrada principal no reduto. No século XV, a instalação definitiva da Ordem em Palmela motivou grandes obras, em particular no sector ocidental, onde se construíram a Igreja de Santiago e o convento. Este último espaço, foi transformado, na década de 70 do século XX, em pousada e mais recentemente, ao abrigo do projecto de animação e dinamização do castelo de Palmela, iniciaram-se as escavações arqueológicas e transformaram-se alguns espaços em salas museológicas e áreas de serviço e de comércio.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70171
https://www.guiadacidade.pt/pt/poi-castelo-de-palmela-13983
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Palmela
http://turismo.cm-palmela.pt/castelo-de-palmela

Forte Jesus de Mombaça