domingo, 4 de outubro de 2020

A lenda de "Mendo e a Menda"

São várias as lendas associadas à aldeia histórica de Castelo Mendo, no concelho de Almeida. Uma delas  é a de “A Menda e o Mendo”, que remete para a existência, numa gárgula em pedra na parede da antiga Domus Municipalis (antigo tribunal), uma figura incrustada na parede que se assemelha a um homem e, numa pedra de uma casa térrea em frente, encontra-se a figura de uma mulher.
São dois curiosos elementos decorativos, dos quais pouco se sabe, e que o povo batizou, respetivamente, de Mendo e Menda, em homenagem ao nome da terra.
Ninguém sabe a história destas duas figuras, mas o mistério que as rodeia povoa, há muito, a imaginação dos habitantes, que acreditam que a aldeia terá sido palco de um amor proibido como Romeu e Julieta, e que os amantes foram condenados para sempre a contemplarem-se à distância, nas pedras de Castelo Mendo.

Ler mais:
https://expresso.pt/opiniao/opiniao_contos_da_ciberavos/o-mendo-e-a-menda=f526610
http://www.portugalnotavel.com/aldeia-historica-de-castelo-mendo-almeida/
https://ointerior.pt/regiao/lendas-de-castelo-mendo-inspiram-dois-dias-de-festa-na-aldeia-historica/

Pelourinho de São Vicente da Beira

 

São Vicente da Beira teve foral em 1195, dado pelo rei D. Sancho I, e tornando-se a partir de então um dos mais importantes concelhos de Portugal medieval. D. João II confirmou a carta de foral em 1469. No reinado de D. Manuel, com a reforma dos forais em 1512, teve nova carta de foral; nesta época terá sido edificado o pelourinho da vila.
O pelourinho de São Vicente da Beira assenta num conjunto de três degraus circulares. O fuste, de secção octogonal e despojado de decoração, está colocado sobre uma base circular e é encimado por um capitel quadrangular. O remate do conjunto apresenta uma forma de pirâmide, ornamentado com a cruz de Avis, o escudo nacional, um pelicano e uma nau com dois corvos, símbolo do padroeiro da vila, São Vicente. Na parte superior do remate foram dispostos quatro motivos boleados. O conjunto é rematado por uma grimpa de ferro com catavento encimado por uma cruz.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933.
Fonte: Catarina Oliveira, DGPC
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73969
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=839

Parque Natural da Arrábida

Assente na cadeia montanhosa da Arrábida e área marítima adjacente, o Parque Natural da Arrábida (PNArr), ocupa uma superfície de aproximadamente 17 mil ha, dos quais mais de 5 mil são de superfície marinha, abrangendo território pertencente aos concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal.
Com a publicação do Decreto-Lei nº 622/76, foi criado o Parque Natural da Arrábida. Esta classificação visou proteger os valores geológicos, florísticos, faunísticos e paisagísticos locais, bem como testemunhos materiais de ordem cultural e histórica. A publicação do Decreto Regulamentar nº 23/98 efetuou a reclassificação do Parque Natural da Arrábida, ampliando a sua delimitação com a criação de uma área marinha Arrábida-Espichel, completando no meio marinho os objetivos de conservação da natureza subjacentes ao Parque. O valor da fauna e flora marinhas da costa da Arrábida foi assim abrangido por um Parque Marinho contíguo à área terrestre anteriormente classificada. Na zona do cabo Espichel a proteção visa as arribas marinhas, espécies vegetais endémicas, a nidificação de aves e a preservação de icnofósseis.
A cadeia montanhosa da Arrábida, e a área de planície que a circunscreve, tem uma grande diversidade de solos, devido à multivariada constituição dos materiais rochosos que constituem a rocha mãe. A grande maioria dos solos é de origem sedimentar aparecendo, no entanto, algumas intrusões eruptivas. Todo o modelado hoje visível na Arrábida depende não só de aspetos ligados à tectónica e à erosão mas também daqueles que se prendem com a geologia da área constituída em grande parte por rochas calcárias e dolomíticas ou detríticas. O litoral é bastante rochoso, recortado por pequenas baías com praias de areia branca (como a do Portinho da Arrábida) e geralmente encimadas por escarpas que apresentam alturas consideráveis.





O símbolo do PNArr representa uma guarita do Convento Velho da Arrábida, tendo como pano de fundo a serra. A imagem sugere uma estreita aliança entre o património natural e o património cultural bem ilustrada aliás pela inserção do próprio convento nas faldas da serra.
Fonte: ICNF

Ler mais:
http://www2.icnf.pt/portal/ap/p-nat/pnar
http://www2.icnf.pt/portal/ap/p-nat/pnar/class-carac
https://natural.pt/protected-areas/parque-natural-arrabida?locale=pt


Igreja da Imaculada Conceição de Pangim

Foi em 1561 que se mandou erigir uma pequena capela na aldeia portuária de Taleigão (mais tarde Pangim, ou Nova Goa), nos primeiros tempos da colonização da então Índia Portuguesa. Ao tornar-se paróquia em 1600, a pequena capela capela foi substituída, em 1609, pela imponente igreja consagrada a Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
No século XVIII foi acrescentada a enorme escadaria, em ziguezague simétrico, que apresenta elementos semelhantes à dos santuários de Nossa Senhora da Peneda e do Bom Jesus de Braga em Portugal. Em 1871 foi instalada a torre sineira que alberga o segundo maior sino do território goês.
A igreja situa-se sobre uma pequena colina sobranceira ao porto e apresenta uma fachada rica em elementos arquitectónicos, típicos do barroco português, pintada de branco para representar simbolicamente a virgem imaculada. A igreja apresenta uma forma cruciforme com nave e transepto. No interior da igreja destaca-se o altar-mor, que apresenta uma elegante decoração e é dedicado à Virgem Maria. De um e de outro lado do altar-mor existem dois outros altares em talha de madeira dourada. O da esquerda representa Cristo crucificado, enquanto que o da direita é dedicado a Nossa Senhora do Rosário. Estes dois altares são ladeados por estátuas em mármore representando S. Pedro e S. Paulo.
Ler mais:
https://hpip.org/pt/heritage/details/563
http://www.revista.brasil-europa.eu/131/Goa-Catedral_de_Pangim.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Our_Lady_of_the_Immaculate_Conception_Church,_Goa

sábado, 3 de outubro de 2020

Museu de Etnomúsica da Bairrada

Situado na freguesia de Troviscal, e inaugurado em 2005, o Museu de Etnomúsica da Bairrada foi projectado por iniciativa da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, com o objectivo de preservar o património cultural produzido na área musical, construído e vivido ao longo de gerações por toda a comunidade bairradina, contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento sobre a música etnográfica da região.

Alberga importantes coleções ligadas à música, tais como os instrumentos musicais e um importante espólio documental, de onde se destacam importantes partituras originais e manuscritas de compositores locais e um vasto acervo fotográfico de relevante importância na compreensão da história e das tradições ligadas à musica no concelho de Oliveira do Bairro e na região da Bairrada.

O Museu de Etnomúsica é um espaço moderno, dotado de todos os serviços essenciais ao cumprimento das suas funções museológicas e que podem ser igualmente visitados, como sejam a sua importante área de Reservas e também o Laboratório de Conservação e Restauro.

Dispõe igualmente de uma sala para a realização de conferências, palestras e outros eventos, bem como de área reservada a actividades educativas, vocacionada para o público infantil.

Ler mais:
https://www.cm-olb.pt/p/museu_etnomusica
http://www.rotadabairrada.pt/experiencias/visita-ao-museu-de-etnomusica-da-bairrada_pt_1261

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Museu do Vinho e da Vinha

O Museu do Vinho e da Vinha de Bucelas é um dos núcleos museográficos que integram o Museu Municipal de Loures e encontra-se instalado num edifício do final do Sec. XIX que foi a residência de um dos maiores produtores de vinho de Bucelas, a família Camillo Alves, à qual estava associada uma adega e o respectivo armazém de vinhos, espaços que foram recuperados e adaptados à nova função museológica juntamente com o jardim adjacente, que foi também renovado, depois de ter sido construído, no seu subsolo, um estacionamento de apoio ao museu.
O museu apresenta dois espaços expositivos distintos: uma área de exposição permanente, onde o visitante fica a conhecer as principais fases de trabalho da vinha e os meios tradicionais de produção do vinhoe um mezanino reservado para exposições temporárias, cujo teor se desenvolve sempre em torno da temática do vinho.
Possui ainda uma loja, oficinas e um centro de documentação especialmente vocacionado para a temática vinícola, um centro de interpretação ligado à história das Guerras Peninsulares, bem como acesso para pessoas com mobilidade reduzida.


Ler mais:
https://www.clubevinhosportugueses.pt/vinhos/regioes/estremadura/museu-do-vinho-e-da-vinha-de-bucelas/
http://www.iajc.pt/museu-do-vinho-de-bucelas/
https://www.rhlt.pt/pt/portfolio/museu-do-vinho-e-da-vinha-o-no-das-linhas/

Santuário do Senhor Jesus da Piedade





























No contexto da arquitectura portuguesa de Setecentos, marcada por um forte ecletismo resultante de diferentes confluências de inspiração nacional e internacional, a igreja do Senhor Jesus da Piedade, em Elvas, constitui um dos mais significativos exemplos das experiências barrocas do reinado de D. João V. Edificada em 1753, a igreja veio substituir uma pequena capela, que havia sido construída poucos anos antes, em 1737. É possível que a exiguidade do primeiro espaço tivesse levado à sua ampliação, pois a romaria a este templo (de 20 a 23 de Setembro) era considerada uma das mais concorridas da região. O adro que lhe fica fronteiro, com a sua escadaria, corrobora esta ideia, uma vez que estes terreiros, de alguma amplitude, tinham como principal função receber os crentes, substituindo assim os longos escadórios dos santuários do Norte do país. Nos muros, o revestimento azulejar polícromo data já da segunda metade do final do século XVIII.

A igreja desenvolve-se em planta longitudinal, de nave única. A fachada é marcada por torres, coroadas por cúpulas bolbosas, implantadas obliquamente em relação ao alçado, formando um losango, o que constitui uma solução quase única no nosso país. Estas, formando com o corpo central uma espécie de contracurva ou harmónio, têm o poder de conferir à fachada uma forte unidade.
No contexto da arquitectura portuguesa de Setecentos, marcada por um forte ecletismo resultante de diferentes confluências de inspiração nacional e internacional, a igreja do Senhor Jesus da Piedade, em Elvas, constitui um dos mais significativos exemplos das experiências barrocas do reinado de D. João V. Edificada em 1753, a igreja veio substituir uma pequena capela, que havia sido construída poucos anos antes, em 1737. É possível que a exiguidade do primeiro espaço tivesse levado à sua ampliação, pois a romaria a este templo (de 20 a 23 de Setembro) era considerada uma das mais concorridas da região. O adro que lhe fica fronteiro, com a sua escadaria, corrobora esta ideia, uma vez que estes terreiros, de alguma amplitude, tinham como principal função receber os crentes, substituindo assim os longos escadórios dos santuários do Norte do país. Nos muros, o revestimento azulejar polícromo data já da segunda metade do final do século XVIII.
A igreja desenvolve-se em planta longitudinal, de nave única. A fachada é marcada por torres, coroadas por cúpulas bolbosas, implantadas obliquamente em relação ao alçado, formando um losango, o que constitui uma solução quase única no nosso país. Estas, formando com o corpo central uma espécie de contracurva ou harmónio, têm o poder de conferir à fachada uma forte unidade. 

No interior, a nave é revestida por mármores de diferentes tonalidades. Dois púlpitos também de mármore, exibem motivos dourados, e o coro assenta em arco abatido. A ligação entre o corpo da nave a capela-mor é feita através de um corpo com os cantos cortados, que forma um octógono, numa solução também original. 

Numa pequena capela pertencente ao Santuário, impressiona o número de ex-votos expostos nas paredes e no tecto. Muitos são acompanhados de legendas, onde os crentes descrevem as dádivas que receberam do Senhor Jesus da Piedade.


A área classificada como Monumento de Interesse Público, da Igreja do Senhor Jesus da Piedade, em Elvas, foi ampliada, de acordo com a portaria 506/2020. O texto refere que a ampliação “tem em conta a particular relação entre a igreja e a sua envolvente próxima que configura e identifica o Santuário do Senhor Jesus da Piedade” e “justifica-se pela importância de conservar a integridade simbólica deste conjunto de interesse cultural relevante que, para além do seu valor histórico, arquitetónico e artístico, se apresenta como raro e exemplar testemunho das vivências religiosas desta importante cidade alentejana”.


Fontes:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72297/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1863
https://sol.sapo.pt/artigo/657323/os-ex-votos-de-elvas-preces-que-sao-historia
https://radioelvas.com/2020/08/15/senhor-jesus-da-piedade-com-ampliacao-da-classificacao-de-interesse-publico/

Forte Jesus de Mombaça