sábado, 4 de agosto de 2018

Reserva Natural do Morro Alto e Pico da Sé


O Parque Natural de Ilha das Flores constitui a unidade de gestão das áreas protegidas da ilha das Flores e insere-se no âmbito da Rede Regional de Áreas Protegidas da Região Autónoma dos Açores, criada pelo Decreto Legislativo Regional n.º 15/2007/A, de 25 de Junho. É formado por um conjunto de áreas reservas naturais que se distribuem pela ilha das Flores, cada qual com as suas particularidades em termos de valores naturais que apresentam.
Uma dessas áreas protegidas é a Reserva Natural do Morro Alto e Pico da Sé que se localiza no centro da ilha.
Com 911 m de altitude, o Morro Alto é o ponto mais alto da ilha. No seu topo observa-se o processo traquítico representado pelo Pico da Sé, formando um imponente aparelho vulcânico encaixado entre dois profundos vales de erosão, cavados pelas Ribeiras da Badanela e da Fazenda.
O clima atlântico húmido funciona como um modelador ecológico originando a “zona dos nevoeiros” com ventos muito fortes e elevada pluviometria, promovendo o aparecimento de turfeiras (Sphagnum spp.) florestadas por cedro-do-mato (Juniperus brevifolia), o que dá a esta zona alta uma fisionomia peculiar e distinta do resto da ilha.

Ler mais:
http://parquesnaturais.azores.gov.pt/pt/flores/o-que-visitar/areas-protegidas/reserva-natural/morro-alto-e-pico-da-se

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Café "Santa Cruz"


O Café Santa Cruz é uma referência, não só na Baixa, mas em toda a Cidade de Coimbra. Situado em plena Praça 8 de Maio, integra todos os roteiros internacionais e é ponto de passagem obrigatório para todos os que visitam a cidade. Desde 1923, altura em que foi fundado, que alimenta a sua mística das 7h às 2h da manhã.
O edifício construído de raiz em 1530 para servir de igreja paroquial de São João da Cruz, anexa à igreja de Santa Cruz, foi projectada por Diogo de Castilho, ficando conhecida como igreja de São João de Santa Cruz. Com a extinção das ordens religiosas masculinas (1834), a sede da paróquia foi transferida para a antiga igreja monástica. Consequentemente, a Igreja de São João de Santa Cruz conheceu um período de abandono, agravado pelo processo de regularização do traçado das ruas da cidade, com a subida da cota do pavimento exterior frente à igreja.
Após a sua dessacralização, a igreja conheceu outras funções: um armazém de ferragens, uma esquadra de polícia, armazém de canalizações e até uma estação de bombeiros.
Após muita e demorada controvérsia acerca da instalação de um café-restaurante de estilo neomanuelino, junto da Igreja de Santa Cruz, tudo se resolve com a alteração do projecto da fachada da autoria do arquitecto Jaime Inácio dos Santos.
Em termos formais, o edifício sofreu várias alterações desde a sua fundação, sendo a mais significativa em 1923, quando foi adaptada às funções de Café-Restaurante.


Segundo os seus actuais proprietários, "a filosofia do Café Santa Cruz é preservar no seu espaço hábitos que são apenas visíveis em Cafés carismáticos, onde folhear um jornal, ler um livro, conversar são rituais a preservar neste espaço onde as tertúlias acontecem de um modo informal.Com propostas que passam pela projecção de documentários, pela apresentação de contadores de histórias, de lançamento de livros e de revistas, de música ao vivo, num espaço que se pretende de divulgação da cultura."
O edifício está classificado desde Outubro de 1921 como Monumento Nacional.

Ler mais:
http://www.cafesantacruz.com/cafe.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Café_Santa_Cruz
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/café-santa-cruz
https://www.cm-coimbra.pt/index.php/servicos/servicos-gerais/imprensa/2017/item/4889-o-emblematico-cafe-santa-cruz-comemorou-94-anos-de-existencia

Castelo de Santiago do Cacém

As escavações realizadas no território correspondente na actualidade ao concelho de Santiago do Cacém revelam as remotas origens dos vestígios de ocupação humana na região, desde o Paleolítico, passando pelo Neolítico, até ao período da conquista romana, ao qual remontam as ruínas de Miróbriga, numa comprovação da adequação dos seus terrenos à prática agro-pecuária.
O antigo povoado de Santiago do Cacém terá, então, entrado num longo processo de declínio, por volta do século IV d. C., até à chegada dos mouros, em 712. Passou a ser, então, conhecido por Cacém, denominação eventualmente atribuída a partir do nome do seu governador árabe, Kassen, ainda que uma lenda local a atribua a nobre aportada do Mediterrâneo oriental que, após matar Kassen e conquistar o castelo no dia de Sant'Iago, o baptizou de Sant'Iago de Kassen. 
Nos séculos posteriores, pouco se sabe sobre os acontecimentos nesse local e no seu castelo, retomando Santiago do Cacém à memória dos homens já com a Reconquista Cristã, tendo sido tomada pela primeira vez aos Mouros em 1158, como consequência da conquista de Alcácer do Sal pelos exércitos do rei D. Afonso Henriques de Portugal.
No século XIII o castelo, propriamente dito, encontrava-se na posse da princesa D. Vetácia, próxima da Rainha Santa Isabel, regressando à Ordem com a morte da proprietária, até que Filipe II (1578-1621) o doou aos Duques de Aveiro, em 1594, transferindo-se para a Coroa em 1759, numa altura em que se encontrava já bastante danificado. Uma situação agravada pela destruição parcial do muralhado provocada pela construção da igreja Matriz, no século XIII, assim como pela utilização do seu recinto interno como cemitério da Vila, a partir do século XIX.
No ano de 1217, o Castelo de Santiago do Cacém foi reocupado definitivamente, tendo sido doado à Ordem de Santiago da Espada, sendo reconstruído pelos monges guerreiros dessa mesma Ordem.
A cerca do Castelo de Santiago do Cacém, de planta geométrica aproximadamente retangular, conserva ainda alguns vestígios da fortaleza muçulmana, possuindo dez torres quadrangulares e cubelos semi-cilíndricos que robustecem os panos de muralha ameados. Subsiste ainda a quase totalidade da barbacã, que também se encontra reforçada por cubelos.
O castelo foi classificado como monumento nacional em 1910.

Ler mais:
http://www.historiadeportugal.info/castelo-de-santiago-do-cacem/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70441/
http://www.amigosdoscastelos.org.pt/tabid/72/ctl/Details/mid/473/monumentID/61/Default.aspx
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3428
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Santiago_do_Cacém

Grutas das minas de Queiriga


As minas de Queiriga situam-se no concelho de Vila Nova de Paiva e são um autêntico tesouro por descobrir.
As minas da Queiriga, ou minas de Lagares, foram uma exploração mineira na década de 40 chegando a empregar 500 operários, entre os quais várias dezenas de técnicos estrangeiros, principalmente britânicos, que na época era essenciais já que em Portugal escasseava a mão de obra qualificada nesta área.
Os principais minérios extraídos eram a cassiterite (óxido de estanho) e a volframite (minério de volfrâmio). Estas minas são particularmente interessantes pela forma pouco habitual de desmonte da rocha: não sendo a céu aberto, também não são em galerias. O desmonte foi feito criando grandes espaços sustentados por colunas naturais.
Actualmente desactivadas, estão a ser objecto de um estudo de exploração turística por parte da Câmara de Vila Nova de Paiva e da empresa concessionária. 




Ler mais:
https://www.vortexmag.net/queiriga-uma-gruta-secreta-com-uma-lagoa-azul-em-portugal/
https://filipemiguel.blog/2018/02/07/queiriga-uma-gruta-secreta-com-uma-lagoa-azul-em-portugal/
http://www.mytop.fm/queiriga-gruta-secreta-portugal-lagoa-incrivelmente-azul/

Sé de Leiria

Edificada em 1559, a Sé Catedral de Leiria é um magnífico e sóbrio edifício em estilo maneirista que se assume também como um dos exemplos mais perfeitos das igrejas salão (Hallenkirchen).
A Diocese de Leiria foi criada por bula papal em 22 de Maio de 1545 ficando, então, separada em definitivo tanto do bispado de Coimbra como do priorado do Mosteiro de Santa Cruz conimbricense. Os trabalhos de construção da catedral iniciaram-se em Agosto de 1559, com o lançamento da primeira pedra, estando a capela-mor terminada em 1569; no ano seguinte iniciava-se a construção do corpo da igreja, que se finalizava em 1572 com a edificação da fachada. Em 1574 dava-se por terminado o edifício, na sua generalidade.
De planta cruciforme, possui transepto saliente com corpo tripartido e cabeceira dividida em três capelas de diferentes profundidades. A fachada denuncia a campanha de reconstrução executada depois do terramoto de 1755, numa estrutura simétrica e despojada de grandes elementos decorativos. Divide-se em três tramos, marcados por quatro robustas pilastras, exibindo três portais de moldura circular enquadrados em pórticos de pedra e encimados por janelões; dos três, destaca-se o central, de maiores dimensões. Adossado à cabeceira ergue-se o claustro, com três galerias toscanas coroadas por abóbada de caixotões a delimitar o pátio.
O espaço interior, coberto por abóbadas de nervura, divide-se em três naves amplas erguidas à mesma altura, cujos tramos assentam sobre oito pilares que exprimem o vigor da estrutura, ritmam a composição e perturbam visualmente o espaço harmónico.
Segundo reza a lenda, havia uma torre sineira na Catedral de Leiria, no entanto os habitantes que viviam no outro lado da cidade, não conseguiam ouvir os sinos a chamar para a oração. É precisamente por essa razão que, em 1770, o Bispo D. Miguel Bulhões e Sousa ordenou a construção de outra torre sineira na encosta do castelo, ou seja, separado da Catedral. Os habitantes locais dizem que “Leiria tem uma torre que não é Sé e uma Sé que não tem torre”. Esta é, de facto, a única catedral em Portugal que não possui a torre sineira integrada.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/14955162
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1804
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sé_de_Leiria
http://www.centerofportugal.com/pt/se-catedral-de-leiria/

Ponte de D. Luís


A Ponte de D. Luís é uma ponte em estrutura metálica com dois tabuleiros, construída entre os anos 1881 e 1887, ligando as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia (margem norte e sul, respectivamente) separadas pelo rio Douro.
Esta construção veio substituir a antiga ponte pênsil que existia no mesmo local e foi realizada mediante o projecto do engenheiro belga Théophile Seyrig, que já tinha colaborado anteriormente com Gustave Eiffel na construção da Ponte de D. Maria Pia, ferroviária.
Apesar de ter sido a Inglaterra a presenciar as primeiras experiências neste domínio da engenharia, foi a ponte concebida por Gustave Eiffel (1832-1923) para Bordéus, em 1860, conhecida por La Passerelle, que acabou por servir de modelo a todas quantas foram doravante erguidas. 
É neste contexto que, depois de a "Ponte de D. Maria", projectada por Gustave Eiffel, ter sido construída entre 1876 e 1877, para dar continuidade à linha férrea do Norte, a "Ponte de D. Luís" foi apresentada a concurso em 1880, a fim de substituir a antiga "Ponte Pênsil" (aberta ao trânsito em 1843), ela própria uma substituição da "Ponte das Barcas" (inaugurada em 1806), a localizar sobre o rio Douro, entre o morro granítico onde se ergue a "Sé Catedral" portuense e a encosta fronteira da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia.
Supervisionada pelo engenheiro belga, em representação da casa Willebroeck, Artur Maury, e fiscalizadas pelo engenheiro português José Araújo Jr., as obras resultaram numa ponte de consideráveis dimensões formada por um arco central de rótula, biarticulado, com um vão de 180 metros (com um tabuleiro superior de 391, 25 metros de extensão e um inferior com 174 metros, ambos com cinco metros de largura) e de importância capital na rede de circulação urbana. As obras decorreram de 1881 a 1887.
Em 26 de Maio de 1886 foram realizados os primeiros testes à ponte, sujeitando-a a cargas de 2 mil kg por metro linear de viga. Em 30 Outubro de 1886 terminam os trabalhos de construção do arco e do tabuleiro superior; a 31 Outubro de 1886 inaugura-se o tabuleiro superior da ponte e em 1887 dá-se a inauguração do tabuleiro inferior, com o que ficam concluídas as obras de construção da nova ponte.
Foi uma ponte com portagem (cinco reis por pessoa) instituída, um dia depois da inauguração do tabuleiro superior, a 1 de Novembro de 1886 e que só deixariam de ser cobradas a 1 de Janeiro de 1944, ou seja, quase 58 anos depois.
Desde 2005 o seu tabuleiro superior serve a Linha D do Metro do Porto e no tabuleiro inferior peões e veículos automóveis.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74503
https://www.portopatrimoniomundial.com/ponte-luis-i.html
http://www.monumentos.pt/site/app_pagesuser/SIPA.aspx?id=5548
https://descobrir-portugal.com/2010/12/ponte-dom-luis/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_de_D._Luís_(Porto)

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Festa dos Tabuleiros

A Festa dos Tabuleiros realiza-se em Tomar, de 4 em 4 anos, no princípio do mês de julho. A sua origem remonta ao Culto do Espirito Santo, instituído no Séc. XIV, mas nela se vislumbram as origens remotas das 
antigas festas das colheitas, seja pela profusão de flores, seja pela presença do pão e das espigas de trigo nos tabuleiros. 
Ao Cortejo, ponto alto dos festejos, associa-se um rico conjunto de intervenções culturais e recreativos, de que se destacam o Cortejo dos Rapazes, o Cortejo do Mordomo, as Ruas Populares Ornamentadas, os jogos Populares, os Cortejos Parciais, os Arraiais Populares e a Pêza. 
A Festa inicia-se no Domingo de Páscoa, com a Saída das Coroas e Pendões de todas as freguesias em procissão animado por gaiteiros, tamborileiros, fogueteiros e bandas de música.  A partir daí, repetir-se-á sete vezes tal Procissão, apresentando apenas as Coroas e Pendão da Cidade e algumas das freguesias.
Na sexta-feira anterior ao Cortejo dos Tabuleiros tem lugar o Cortejo do Mordomo, o qual simboliza a entrada na cidade dos bois do sacrifício que, no passado, viriam a ser abatidos para distribuição da carne. Antigamente chamava-se Cortejo dos Bois do Espírito Santo; hoje é um importante cortejo de carruagens e cavaleiros, com as parelhas de bois à cabeça.
As ruas do Centro Histórico, vedadas ao trânsito, são ornamentadas com milhões de flores de papel confecionadas durante muitos meses de labor apaixonado. 
No sábado anterior ao do Grande Cortejo, de manhã, chegam das freguesias, nos Cortejas Parciais, as centenas de Tabuleiros que no dia seguinte irão desfilar. No Domingo, o Cortejo dos Tabuleiros inicia-se com gaiteiros e fogueteiros. Depois, o Pendão do Espirito Santo e as três Coroas dos Imperadores e Reis. Seguem-se os Pendões e Coroas de todas as freguesias. 
O Cortejo é um caudal imenso e serpenteante de cor e música. Centenas de pares fazem o cortejo: elas, de branco, com uma fita colorida a cruzar o peito, levando no alto os Tabuleiros; eles, de camisa branca e mangas arregaçadas, calças escuras, barrete ao ombro e gravata na cor da fita da rapariga. A fechar o Cortejo vão os carros triunfais do pão, da carne e do vinho puxados pelos bois do sacrifício simbólico. 
O Tabuleiro é o Símbolo e principal alfaia da Festa dos Tabuleiros. Deve ter a altura da rapariga que o carrega. Ornamenta-se com flores de papel, verdura e espigas de trigo. É constituído por 30 pães de formato especial e 400 gramas cada, enfiados equitativamente em 5 ou 6 canas. Estas saem de um cesto de vime envolvido em pano bordado e são rematadas, no topo, por uma coroa encimada pela Cruz de Cristo ou Pomba do Espírito Santo. O traje feminino compõe-se de vestido comprida, branco, com uma fita colorida a cruzar o peito; o masculino é uma simples camisa branca de mangas arregaçadas, calças escuras, barrete preto ao ombro e gravata na cor da fita da rapariga. 
Segunda-feira após o Cortejo, a rematar a Festa, manda a Tradição e a Solidariedade que aos necessitados se distribua a carne, o pão e o vinho que foram benzidos no dia anterior - a Pêza.

Fonte: Câmara Municipal de Tomar
http://www.cm-tomar.pt/index.php/festa-tabuleiros

Forte Jesus de Mombaça