sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Farol da Guia

O Farol da Guia está localizado na Colina da Guia, no interior da Fortaleza do mesmo nome, perto do canto sudeste da Península de Macau, na costa do Mar do Sul da China.
O Farol da Guia um dos grandes faróis do mundo, foi o primeiro farol de características modernas e Ocidentais a ser construído no Extremo Oriente. 
Foi só 1864 que começou a construção do farol por ordem do governador Coelho do Amaral, e no dia 24 de Setembro de 1865, entrou finalmente em serviço. Uma tempestade, em Setembro de 1874, causou grandes danos a esta torre de grande importância. Seguiu-se um período de cerca de trinta e seis anos em que esteve fora de serviço, até que em 1909/1910 foi restaurada, tendo-lhe sido adicionado um novo mecanismo e se procedeu à sua electrificação. Entrou novamente em serviço no dia 29 de Junho 1910.
É uma torre de alvenaria de pedra, em forma de tronco de cone, com cerca de 13,5 m de altura. A base do farol tem um diâmetro de 7 m que se estreita até aos 5 m no topo, onde foi construída uma galeria circular de serviço, e uma outra mais abaixo, de observação. A torre de 3 andares, pintada de branco com bordadura amarelo-dourado, tem um exterior rústico e simples, em harmonia com a capela que lhe está adjacente. Uma lanço de escada em espiral, situado no interior da estrutura, permite o acesso à lanterna com cúpula vermelha.
Desde 2005 está incluído na lista dos monumentos do Centro Histórico de Macau, classificado como Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Para tal, sofreu importantes obras de restauro no início deste século.

Ler mais:
https://cronicasmacaenses.com/2015/07/13/macau-farol-da-guia-150-anos-o-primeiro-do-extremo-oriente/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Farol_da_Guia_(Macau)
http://salvador-nautico.blogspot.com/2018/06/farol-guia-macau.html

Ermida de São Jacinto


A ermida de São Jacinto é um pequeno templo do século XVII, localizado no Coto, concelho de Caldas da Rainha. Pouco se conhece da evolução das obras da capela, que devem ter ocupado a primeira metade do século XVIII, estando terminadas em 1745, data pintada na cruz de azulejos sobre a porta da sacristia, que ajuda a datar não apenas o edifício, mas também a campanha azulejar do seu interior.

Apresenta uma frontaria muito sóbria, delimitada por pilastras de pedra e com um frontão triangular de um equilibrado valor barroco clássico que revelam a remodelação da época de D. João V.

O interior, igualmente muito sóbrio, a nave rectangular e a capela-mor, sensivelmente quadrada, estão ligadas por um arco triunfal de pedra com um invulgar fecho. Com excepção do altar-mor maneirista, de talha policromada, da primeira metade do século XVII (mas cujo frontão triangular foi possivelmente refeito nas obras do século seguinte), todo o interior apresenta uma escala harmoniosa devido à decoração de azulejos figurativos azuis e brancos que reveste integralmente as paredes da nave e da capela-mor, formando um dos conjuntos mais notáveis do género, existentes em Portugal.
A nave, coberta por tecto de madeira seccionado em três planos, é percorrida por uma cimalha, que acompanha, também, o arco triunfal, de volta perfeita, integrando os vãos de linhas rectas, e o púlpito com guarda de madeira. Os azulejos organizam-se num silhar com cartelas divididas por elementos arquitectónicos, que se prolongam nos painéis superiores, separando as diversas cenas da vida de São Jacinto, a quem a capela foi dedicada. 
Na capela-mor, as azulejos revestem, também, a parede fundeira, apenas parcialmente ocupada pelo retábulo, numa solução muito pouco usual na tradição azulejar portuguesa.
A temática utilizada, associada ao orago da Ermida, São Jacinto, é muito invulgar, e talvez única na azulejaria portuguesa. Esta Santo polaco, nascido cerca de 1200, estudou em Cracóvia, Praga, Bolonha e Paris, e em Roma tornou-se dominicano, recebendo o hábito das mãos de São Domingos. Costuma ser representado com o hábito de dominicano, a segurar uma imagem de Nossa Senhora e com um cibório, e aparece associado à flor de jacinto. Imagens do Santo e de um Dominicano preenchem os painéis ao fundo da nave. Nos quatro painéis nas extremidades das paredes laterais, as cenas representam milagres: São Jacinto salva uma imagem da Nossa Senhora de uma igreja em chamas; atravessa o rio Dniepre com dois companheiros, para fugir aos inimigos, "montados" apenas na sua capa; expulsa demónios de uma árvore, e dá assistência a um grupo de enfermos. A ladear as janelas da nave, cenas mais estreitas mostram apenas o Santo a ser recebido no Céu.

A ermida está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 2009.

Ler mais:
http://portugaltorraonatal.blogspot.com/2012/12/freguesia-de-coto.html
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72612

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Igreja de Nossa Senhora da Estrela

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Estrela localiza-se no largo Gaspar Frutuoso, na freguesia da Matriz, concelho da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, nos Açores.
É um dos mais belos templos de São Miguel, e dos mais antigos. A sua primitiva edificação foi concluída no ano de 1517 sendo dedicado a nossa Senhora da Estrela. Em 1563, por ocasião do grande terramoto este templo ficou bastante danificado.
A actual igreja paroquial foi reconstruída em 1728, sobre a outra de fundação quinhentista, seguindo o esquema mais comum das igrejas da ilha, de três naves e cabeceira e frontaria tripartida, possivelmente com risco do vigário João de Sousa Freire e, após a morte deste, continuada por Inácio Manuel de Vasconcelos, que altera o projecto inicial quanto às cantarias, botaréus e "chaparias". Apresenta planta composta de três naves, cada uma com seis tramos, e cabeceira escalonada, interiormente com ampla iluminação axial e bilateral, e coberturas em falsas abóbadas de berço, de estuque. A fachada principal termina em tabela, ladeada de aletas e encimada por frontão em canopo, e tem três panos definidos por pilastras, coroadas por pináculos, rasgados por vãos retilíneos em eixo, composto por portal e janela entre pilastras sustentando frisos e cornijas, as das janelas formando aletas inferiores e tendo pano de peito de cantaria.
No interior, com as naves separadas por arcos de volta perfeita sobre pilares de ângulos curvos, as paredes e coberturas são decoradas com estuques pintados, de estilo revivalista, executados, possivelmente, pelo pintor Sebastião Ribeiro Alves, de Lisboa, entre 1871 e 1878. O batistério abre-se na nave do Evangelho, interiormente abobadado e com retábulo tardo-barroco, de corpo côncavo e três eixos, com painéis pintados. As naves laterais, ritmadas por pilastras, têm três capelas à face e uma profunda com retábulo, todos em talha pintada e dourada. O de Nossa Senhora da Aflição, rococó, foi feito por José Francisco para o convento das freiras, de onde foi transferido, recebendo acrescentos de Pedro de Araújo de Lima. O da Senhora das Dores e o de São João Evangelista são tardo-barrocos e o dos Reis Magos é de estilo nacional, mas reformado, integrando duas tábuas pintadas quinhentistas.
Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público.

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=8234
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_da_Estrela_(Ribeira_Grande)
http://www.ribeiragrande.pt/geo/igreja-da-nossa-senhora-da-estrela/

Monumento a Camões


Por Carta de Lei de 10 de agosto de 1845, foi o governo autorizado a expropriar por utilidade pública os terrenos necessários para a construção de uma grande praça, que se pensou aproveitar para a edificação do futuro Teatro Nacional.
Pensando-se então em erguer uma estátua em honra de Luís de Camões, foi decidido, pela respectiva Comissão, presidida pelo Duque de Saldanha, solicitar, para o efeito, a nova praça em construção e que, à mesma, fosse dado o nome do imortal autor de Os Lusíadas. Procedeu-se à colocação da primeira pedra, em 29 de junho de 1862, com a presença do Rei de Portugal.
O monumento, inaugurado em 9 de outubro de 1867, preparou e antecedeu as comemorações do terceiro centenário da morte de Camões, promovidas por Teófilo Braga, com o apoio de João de Deus, Antero de Quental, Oliveira Martins e Ramalho Ortigão.
O Monumento, concebido pelo escultor Vítor Bastos, é constituído pelos seguintes elementos: a estátua evocativa do poeta é de bronze e mede 4 metros de altura. Assenta sobre um pedestal, oitavado, de mármore branco, com 7,5 metros de altura; em redor do pedestal oito estátuas, de pedra de lioz, de 2,40 metros de altura, representam vultos notáveis da cultura e das letras: o historiador Fernão Lopes, o cosmógrafo Pedro Nunes, o cronista Gomes Eanes de Azurara, os historiadores João de Barros e Fernão Lopes de Castanheda e os poetas Vasco Mouzinho de Quevedo, Jerónimo Corte-Real e Francisco de Sá de Meneses.
Foi a primeira estátua pública dedicada a um escritor e o custo da obra, paga ao escultor que a projectou, foi de trinta e oito contos.

Ler mais:
http://www.lisboapatrimoniocultural.pt/artepublica/eescultura/pecas/Paginas/Luis-de-Camoes.aspx
http://lisboadeantigamente.blogspot.com/2017/06/monumento-luiz-de-camoes.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_a_Camões

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Cavacas do Freixinho

Na margem da albufeira de Vilar, a aldeia do Freixinho tem a graça de se mirar num permanente espelho de água. Dir-se-ia pairar também na atmosfera a recordação das monjas do Convento de Nossa Senhora do Carmo e das donzelas ali guardadas. Foi das mãos e do engenho das monjas que saíram as cavacas do Freixinho, esse delicioso pão de trigo tremês amassado com ovos e, depois de cozido, embebido em açúcar.
Usa farinha fina de trigo tremês, muito azeite, ovos e açúcar fervido “até ganhar aquele ponto”. São cerca de duas horas a amassar e mais ou menos uma hora no forno. Apesar da forma característica — como uma casca arrancada a uma árvore —, estes doces não são enformados. A massa faz a própria forma, se o forno não estiver demasiado quente nem demasiado frio.
Durante muito tempo as Cavacas de Freixinho eram preparadas para servir de oferta «serrana» às pessoas importantes a quem se queria fazer uma oferta de distinção.

Ler mais:
https://tradicional.dgadr.gov.pt/pt/cat/doces-e-produtos-de-pastelaria/746-cavacas-do-freixinho
http://sernancelhe-vila.planetaclix.pt/CAVACAS-Concelho_SERNANCELHE.htm
https://www.publico.pt/2017/11/11/fugas/reportagem/as-cavacas-e-o-elixir-da-juventude-1791929

Mirante Emídio da Silva

Junto ao antigo Hospital, hoje Hotel, ergue-se o Mirante Emygdio da Silva ou Emídio da Silva, construído no início do séc. XX, por iniciativa do político do mesmo nome. O projecto, da autoria do italiano Nicolau Bigaglia, utilizou, na sua construção, colunas de pedra trazidas do Mosteiro de Lorvão. Inaugurado a 31 de Maio de 1908, permite desfrutar uma paisagem magnífica sobre o Mondego.
Certo dia, o Dr. Manoel Emigdyo da Silva, eminente figura do jornalismo, da engenharia, da cultura, visitou Penacova e ao chegar ao Mirante do Castelo terá ficado maravilhado com a beleza da paisagem. Com o seu apoio e do Presidente da Câmara, Dr. José Albino Ferreira, o mirante nasceu. Foi desenhado pelo prestigiado arquitecto italiano, radicado em Portugal, Nicola Bigaglia, também projectista da Casa dos Cedros no Buçaco.
A inauguração do Mirante no fim de semana de 30 e 31 de Maio de 1908 foi um acontecimento marcado por grandes festejos, em que Emídio da Silva – e uma comitiva da alta sociedade lisboeta – foi recebido em apoteose. Alfredo da Cunha, director do Diário de Notícias, descerrou a lápide que ainda hoje se encontra no local com a inscrição “ Mirante Emygdio da Silva-31-5-908”.
O Mirante assemelha-se a um pagode oriental construído na proa mais avançada da escarpa, de onde se pode avistar o vale apertado do Mondego por entre as cristas quartzíticas que o enquadram.

Ler mais:
http://www.cm-penacova.pt/pt/pages/miradouros
https://penacovaonline2.blogspot.com/2015/05/mirante-emidio-da-silva-faz-hoje107-anos.html
http://www.pescapenacova.pt/v1/index.php/pt/locais-turisticos

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Ponte de Arame de Santo Aleixo


No vale do Tâmega existe uma ponte pênsil pedonal que é em Ribeira de Pena conhecida como "Ponte de Arame". A travessia que liga Ribeira a Santo Aleixo de Além-Tâmega existe desde os primórdios do século XX.
A ponte tem mais de 20 metros de comprimento e está suspensa em mais de 100 cabos de arame torcido. É umas das principais fontes de atracção ao concelho de Ribeira de Pena, mas tem os dias contados, pelo menos, no local onde foi implantada. 
É que a construção da barragem de Daivões e a consequente subida das águas no rio Tâmega vai atingir a centenária ponte.
Reza a História que, durante muitos anos, a aldeia de Santo Aleixo de Além Tâmega ficou isolada de Salvador, sede da freguesia, pela subida das águas do Tâmega. O problema de comunicação só foi resolvido com a construção, em 1913, da Ponte de Arame, desactivada a partir de 1963 e hoje um dos pontos de atracção turística de visita obrigatória. Além da estrutura engenhosa e original, exemplar único no país, toda a envolvente é deslumbrante.
Ler mais:
https://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=104159
https://portugaldelesales.pt/6-objetos-historia-ribeira-pena/
http://www.aldeiasportugal.pt/sobre/36/#.XAWrLGj7RQI

Forte Jesus de Mombaça