sábado, 22 de setembro de 2018

Filigranas de Gondomar

A filigrana, produção emblemática da ourivesaria artesanal tradicional, tem em Portugal um território fértil e com uma história antiga, centrada especialmente em duas zonas da região norte do País, Gondomar e Póvoa de Lanhoso.
Em Gondomar, a presença da exploração mineira do ouro vem desde os povos pré-romanos, intensificando-se durante a presença romana com a exploração de minas espalhadas nas serras de Pias e Banjas. A partir da segunda metade do século XVIII, Gondomar começa a afirmar-se como um dos núcleos mais importantes e prolíferos da Ourivesaria Portuguesa. A Filigrana é o campo privilegiado na Ourivesaria gondomarense, a produção artesanal é praticada em oficinas de pequena escala, de cariz familiar, utilizando técnicas passadas de uma geração à próxima. Esta herança continua a vigorar com força no Município, exemplo disso, no ranking das oito maiores empresas portuguesas de joalharia e ourivesaria cinco são gondomarenses. A Ourivesaria em Gondomar regista cerca de 60% da produção nacional.
A filigrana é a arte de torcer fios de ouro ou prata (dois), usualmente muito finos, que são depois aplicados a molduras com várias formas, preenchendo-as com um rendilhado delicado. Da fundição à peça final vai um longo caminho, passando a vara-de-ouro ou prata por um processo de estiragem, diminuição da espessura do fio resultante, torcendo-os entre duas tábuas de madeira, seguido de um processo de batimento, cozimento e branqueamento. Por fim, a minuciosa tarefa de preenchimento das molduras é geralmente realizada por mulheres, denominadas “enchedeiras”. Finalmente, o processo de acabamento consiste em soldar todos os componentes e nas operações finais de montagem.

Ler mais:
http://turismo.cm-gondomar.pt/a-filigrana/
http://turismo.cm-gondomar.pt/certificacao-filigrana-de-portugal/
http://www.aorp.pt/_usr/docs/160707120913brochura-rota-da-filigrana.pdf

domingo, 16 de setembro de 2018

Estátua de Antero de Quental

Da autoria do escultor Salvador Barata Feyo, a estátua em honra de Antero Quental foi construída entre 1946 e 1948 e inaugurada no Jardim da Estrela, em Lisboa, em 1951.
O poeta e filósofo realista Antero de Quental (1842-1891), é retratado de pé sobre plinto cúbico, em pose evocativa pela sua grandiosa obra. Coberto com manto que lhe desce até aos pés, de rosto barbado, apresenta a perna direita ligeiramente avançada, o braço esquerdo flectido segura o manto, o braço direito caído sobre a perna do mesmo lado agarra em baixo a dobra do manto. A estátua é modelada numa linguagem moderna, com tratamento simplificado das formas não obstante o barroquismo que se depreende do conjunto imponente e do movimento dos panejamentos.

Fonte: http://www.lisboapatrimoniocultural.pt/artepublica/eescultura/pecas/Paginas/Antero-de-Quental.aspx

sábado, 15 de setembro de 2018

Anta da Arca

A Anta da Arca é um monumento megalítico situado em Paranho de Arca, na antiga freguesia de Arca, em Oliveira de Frades, Portugal. Localiza-se na EN230, km 48,5, entre Águeda e Caramulo, acesso à esquerda em Paranho de Arca, cerca de 50 m de caminho de terra.
Trata-se de um dólmen (ou "anta", como será mais vulgarmente conhecido na região esta tipologia megalítica) com câmara sepulcral de planta circular (de diâmetro máximo de três metros e setenta e cinco e altura aproximada aos dois e sessenta e cinco), composta de cinco esteios (dois dos quais fracturados) e da respectiva laje - "chapéu" - de cobertura, mas aparentemente desprovido de corredor, embora um dos esteios geralmente atribuído à câmara lhe possa ter pertencido na origem. E ainda que se conheça outra situação análoga na Beira - "Anta de Pera Moço" -, não se poderá eliminar por completo a possibilidade de a inexistência, nos nosso dias, de vestígios do primitivo corredor resultar de uma contínua reutilização secular dos seus elementos constituintes para levantamento de outras estruturas mais consentâneas às necessidades diárias de toda uma comunidade, como seriam, não apenas as habitações, como, sobretudo, os muros de delimitação de propriedade.
A anta está associada a uma lenda em que uma moura encantada que terá carregado e colocado a laje que se encontra horizontalmente sobre as outras.
Datada do período Calcolítico, a anta foi classificada como Monumento Nacional por decreto de 16 de Junho de 1910.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70463
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anta_da_Arca

Pelourinho de Salvaterra do Extremo

O Pelourinho de Salvaterra do Extremo localiza-se no Largo da Praça, fronteiro à Casa da Câmara, na freguesia de Salvaterra do Extremo, no concelho de Idanha-a-Nova.
O concelho de Salvaterra foi criado em 1229, por D. Sancho II, e o seu castelo terá sido erguido no reinado de D. Afonso III, e muito intervencionado por acção de D. Dinis, em 1290. A vila recebeu foral novo de D. Manuel, em 1510, com a designação de Salvaterra da Beira. O concelho foi extinto em 1855, e integrado em Idanha-a-Nova, do qual é actual freguesia. Conserva o pelourinho quinhentista, erguido na praça central da povoação, junto de uma torre sineira e da antiga Casa da Câmara, ambas de raiz igualmente quinhentista. Assenta em plataforma de factura recente, datada de uma intervenção de meados do século XX. 
Sobre soco moderno, de três degraus quadangulares de aresta, assenta o conjunto da base, coluna, capitel e remate, de clara tipologia manuelina. A base da coluna é oitavada, de faces ligeiramente côncavas, e decoradas com pequena rosetas. Nela encaixa o fuste, liso e de secção octogonal, encimado por capitel oitavado, molduras salientes na zona inferior e no topo. As faces do capitel são decoradas com rosetas e botões lisos. O remate é constituído por um prisma oitavado de boas dimensões, cujas faces alternadas apresentam relevos heráldicos, nomeadamente um escudo nacional coroado, uma esfera armilar, uma cruz da Ordem de Cristo, e possivelmente uma cruz da Ordem de Aviz. O pelourinho é finalmente coroado por pirâmide oitavada de topo truncado, com faces ornadas de séries verticais de três botões, de tamanhos decrescentes. 
De realçar a presença do conjunto da heráldica manuelina tradicional, nomeadamente o escudo das quinas, a esfera armilar, símbolo pessoal de D. Manuel, a cruz da Ordem de Cristo, da qual Salvaterra do Extremo foi comenda. Por curiosidade, apontamos ainda a tradição local que afirma ter sido este monumento inspirado no ceptro do monarca.
Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933. 

Fonte: DGPC

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74950
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelourinho_de_Salvaterra_do_Extremo



quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Café "A Brasileira" e Estátua de Fernando Pessoa

A Brasileira, também conhecida como A Brasileira do Chiado, é um café emblemático da cidade de Lisboa. Foi fundado por Adriano Telles, em 19 de Novembro de 1905, na Rua Garrett, n.º 120-122, junto ao Largo do Chiado.
Quando em 1905 abriu as portas, era apenas uma loja de venda de café ao lote, “o genuíno café do Brasil, de Minas Gerais”, oferecendo uma chávena da bebida fumegante a todos os compradores. Em 1908, profundamente remodelado e ricamente mobilado, surgiu o café que rapidamente se tornou ponto de encontro de escritores, artistas e jornalistas. Um dos seus mais fiéis clientes foi certamente o poeta Fernando Pessoa, hoje imortalizado por uma estátua de bronze, sentado ainda a uma mesa da esplanada.
Em 1922 a firma "A Brazileira, Lda." requeria, à Câmara de Lisboa, autorização para "transformar a fachada actual do seu estabelecimento". O projecto da emblemática fachada teve o risco do arquitecto Manuel Joaquim Norte Júnior (1878-1962). O modelo do café lisboeta, luxuoso e ao gosto parisiense, tem a marca distintiva do seu autor, presente nas estátuas que guardam a entrada do espaço, nas elegantes grinaldas que substituem estruturas arquitectónicas, nas características máscaras ou no cuidado trabalho de ferro forjado.
Em 1971 o café sofre melhoramentos, recebendo, inclusivamente, telas pintores contemporâneos e, em 1993 e no âmbito do programa "Lisboa 94 Capital Europeia da Cultura", o café "A Brasileira" é beneficiado com obras de remodelação e manutenção, tendo o edifício sido classificado como "Imóvel de Interesse Público" em 1997, devido ao programa arquitectónico exterior e ao importante lugar simbólico que o espaço ocupa na história cultural e social da cidade de Lisboa.
A assiduidade de Fernando Pessoa motivou a inauguração, nos anos 1980, da estátua em bronze da autoria de Lagoa Henriques, que representa o escritor sentado à mesa na esplanada do café.

Ler mais:
http://restosdecoleccao.blogspot.com/2016/08/cafe-brasileira.html
https://www.avidaportuguesa.com/marcas/cafe-a-brasileira_60
https://pt.wikipedia.org/wiki/Café_A_Brasileira_(Lisboa)

Praça do Município

Espaço nobre da cidade do Funchal, a sua denominação oscila entre a oficial Praça do Município e o tradicional e popular Largo do Colégio.
Três edifícios sobressaem neste Largo: o antigo Colégio da Companhia de Jesus com a invocação de São João Evangelista, os Paços do Concelho e o antigo Paço Episcopal, actualmente Museu de Arte Sacra, com fachada voltada para a Rua do Bispo.
Junto ao Colégio, do lado da Rua do Castanheiro, foi mandado construir um fontanário em 1838. Dois anos antes, a Câmara procedera ao alargamento do adro da Igreja do Colégio, tendo em vista o «embelezamento» da cidade.
No ano de 1941, demoliu-se a cerca do antigo Paço Episcopal (onde de 1913 a 1946 funcionou o Liceu Nacional do Funchal) e os edifícios circundantes, iniciando-se a terraplanagem do Largo do Colégio para execução do projecto do arquitecto Carlos Ramos (1897-1969), que, para este espaço, havia traçado uma ampla praça. No mesmo ano, abriram-se as artérias a norte e a sul dos Paços do Concelho, dando origem às ruas Marquês do Funchal e Padre Luís Gonçalves da Câmara.
Em 2018 a Câmara do Funchal procedeu a uma série de melhoramentos na praça. com o objectivo de a transformar num espaço de paragem e de convívio.





Ler mais:
https://passosnacalcada.wordpress.com/toponimia-funchalense/largo-do-colegio-ou-praca-do-municipio/
https://www.tsf.pt/lusa/interior/camara-do-funchal-vai-revitalizar-praca-do-municipio-para-torna-la-espaco-de-convivio-8930409.html

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Marina de Vilamoura

O resort turístico de Vilamoura nasceu na antiga Quinta do Morgado de Quarteira, uma propriedade com 1600 ha adquirida pelo fundador Arthur Cupertino de Miranda. O projecto do resort de Vilamoura que conhecemos hoje em dia foi criado em torno da Marina de Vilamoura. 
Tudo começou nos finais dos anos 60 e início dos anos 70. As primeiras escavações começaram em 1971 e, em 1974, entrou o primeiro veleiro na Marina. Durante os seus primeiros vinte anos de existência foi a única marina existente em Portugal.
A Marina de Vilamoura desde então tem crescido e o resort de Vilamoura tem crescido ao redor também. Actualmente Vilamoura é já mais do que uma marina. Devido à grande aceitação positiva que Vilamoura recebeu por parte dos visitantes e residentes, Vilamoura tornou-se ao longo dos anos um importante centro de turismo e alojamento privado residencial.
Em 1996 o Banco Português do Atlântico vendeu aos empresários André Jordan e Vasco Branco a maioria do capital social da Lusotur, empresa proprietária de Vilamoura. Mais tarde, em 2000, foi adquirida a totalidade do capital social daquela sociedade. Estes empresários asseguraram a gestão do empreendimento entre 1996 e Janeiro de 2005. Em abril de 2015, os activos imobiliários e a concessão da marina foram vendidos por 200 milhões de euros à Lone Star, uma empresa norte-americana.
A qualidade da infraestrutura náutica e a pronta assistência às embarcações, assim como a variada oferta de serviços, fazem desta uma das marinas mais procuradas no país e que, no verão, atinge praticamente a sua lotação máxima.
Cerca de metade do total de 825 postos de amarração – um terço dos quais para embarcações de grande porte – pertencem a clientes da marina em permanência, ou seja, pessoas com contratos a partir de um ano, que ali têm a sua base, embora não residam a bordo, e que são na sua maioria portugueses.
Foi uma das primeiras marinas portuguesas a obter a certificação de Qualidade e Ambiente pelo ISO 14001 e ISO 9001, juntamente com a certificação europeia de Bandeira Azul para Marinas e a distinção de 5 Âncoras pela Yacht Harbour Association (TYHA).
Em 2016 obteve, pelo 6° ano consecutivo, a distinção de Melhor Marina de Portugal pela Publituris Portugal Trade Awards. Foi ainda eleita a Melhor Marina Internacional, pelo segundo ano consecutivo, pela TYHA (2015, 2016) e ganhou a Medalha de Ouro do Turismo Regional do Algarve.

Ler mais:
https://www.marinadevilamoura.com/pt/marina/quem-somos/#
https://www.algarveimobiliaria.com/viver-algarve/vilamoura-desde-1971/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vilamoura
https://observador.pt/2017/03/06/marina-de-vilamoura-uma-pequena-cidade-que-nao-para-de-ganhar-premios/

Forte Jesus de Mombaça